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Tribunal de Justiça autoriza internato em São Carlos do curso de medicina

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Em dezembro do ano passado uma decisão em primeira instância do Poder Judiciário da Comarca de Adamantina proibiu o Centro Universitário de Adamantina (UNIFAI) a renovar o termo de colaboração firmado com a Santa Casa de São Carlos, para o internato do curso de medicina. Sua realização foi autorizada por lei municipal de autoria do poder executivo de Adamantina e aprovada na Câmara Municipal, pela condição do hospital, qualificado como “hospital-escola”, em receber essa etapa do curso de medicina, onde a imersão prática é estratégica para a formação médica dos estudantes.

Na decisão de dezembro, após manifestação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), via promotoria local, a Justiça de Adamantina entendeu que a execução do internato de medicina, em São Carlos, estaria violando compromisso firmado em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) decorrente de ação civil pública originada em 2016, em que a instituição de ensino local realizaria investimentos na Santa Casa de Adamantina, para que a unidade de saúde tivesse condições de abrigar essa etapa prática, do curso, na cidade.

Assim, desde a pactuação do TAC a UNIFAI tem realizado investimentos em obras, equipamentos e serviços para completa estruturação do hospital local, cuja condição atual, segundo fontes da instituição de ensino, ainda não comportaria sediar integralmente essa etapa do internato, hoje realizada em São Carlos. A UNIFAI pontua questões como espaço físico, número de leitos, volume assistência e complexidade dos serviços de saúde.

O TAC foi originado em razão de problemas identificados na época pelos órgãos fiscalizadores, no hospital adamantinense, com o objetivo definido de melhorar a qualidade dos serviços de saúde realizados. O desenho de solução costurou a participação do equipamento de saúde, do poder público municipal e da instituição de ensino. Grande parte dos investimentos foi suportada pela FAI, como para a nova estrutura ampliada do pronto-socorro, a etapa atual de reforma do antigo setor de PS, a nova UTI e os espaços que abrigam salas de aula, auditório e a ressonância magnética, além de investimentos em equipamentos e repasses mensais.

No entendimento do MPSP local, acatado pela Justiça de Adamantina, a UNIFAI teria descumprido a pactuação. “Acrescenta-se que o desenvolvimento do internato do curso de medicina integralmente no âmbito local/regional, além de decorrer de obrigação constituída em título executivo judicial, atrela-se à própria condição de seu funcionamento regular, que pressupõe a integração do curso de medicina nas estruturas locais, de forma que a persistência da situação poderá prejudicar até mesmo a regularidade administrativa do curso, tudo na forma da Deliberação Conselho Estadual de Educação CEE 167/2019, que expressamente prevê a integração do curso com a gestão local e regional do Sistema Único de Saúde”, narra trecho da sentença de dezembro do ano passado.

Com a proibição de renovar o termo de colaboração com a Santa Casa de São Carlos, a UNIFAI recorreu em âmbito local e depois levou o caso ao TJSP, onde na semana passada foi restabelecida a possibilidade da renovação, conforme acórdão liberado nos autos do Processo 2069679-19.2024.8.26.0000 na segunda-feira (3), pela desembargadora Teresa Ramos Marques, em julgamento na 10ª Câmara de Direito Público da corte paulista.

Conforme argumentou a UNIFAI, nos autos do recurso ao TJSP, “a Santa Casa de São Carlos é a única entidade conveniada que oferece serviço hospitalar de alta complexidade, certificada como Hospital de Ensino pelo Ministério da Educação (MEC), proporcionado formação médica de qualidade e cooperando para a renovação do reconhecimento do Curso de Medicina da FAI pelo Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo – CEE/SP”. A UNIFAI pontuou também que “a decisão judicial causou prejuízo financeiro à autarquia municipal, pois devido ao seu teor não foram preenchidas as 100 vagas disponibilizadas para 2024”, e argumentou ainda que a realização do internato em São Carlos contribui para a formação médica dos estudantes, a qualidade do curso e inclusive sua sustentabilidade financeira. O fator financeiro foi colocado com destaque pela UNIFAI, para que os investimentos, a partir das receitas, possam continuar sendo realizados na Santa Casa de Adamantina, e o hospital local possa estar completamente adequado e receber essa etapa do curso.

Já o MPSP, também nos autos, pontuou que “a instituição de ensino não cumpre com sua parte no TAC, uma vez que não fornece as informações suficientes do que é necessário para a realização do internato, não sendo suficiente o repasse de dinheiro para fugir de sua responsabilidade”.

No TJSP a desembargadora entendeu que o termo de colaboração firmado com a Santa de Casa de São Carlos que não impede que seja buscado o cumprimento do TAC, com os investimentos previstos na Santa Casa de Adamantina, para que, com condições técnicas e operacionais, possa ofertar esse cenário de aprendizado prático aos estudantes de medicina. “Embora, de fato, o TAC não tenha sido totalmente cumprido nesse lapso de quase 4 anos, é certo que os motivos serão levados ao juízo competente. Todavia, observa-se que o TAC não proibiu que a UNIFAI firmasse convênios com outros hospitais que não fosse a Santa Casa de Adamantina”, escreveu a desembargadora Teresa Ramos Marques, em sua decisão. “Portanto, nesse momento processual, não há elementos suficientes que autorizem a proibição da UNIFAI em renovar o Termo de Colaboração. Além disso, as incertezas e angústias que a proibição de sua renovação possa provocar nos estudantes (conforme documentos trazidos pela agravante, sem contradita do Parquet), aliada à ausência de prejuízo direto ao cumprimento do TAC, levam ao indeferimento da tutela de urgência, pois não está presente o perigo de dano em aguardar a sentença, conforme exige o art. 300 do Código de Processo Civil”, prosseguiu.

Mesmo com a decisão específica que autoriza a renovação do termo de colaboração, em favor da instituição de ensino, a desembargadora fez observância aos compromissos firmados no TAC. “De todo modo, é importante registrar que um TAC não é um documento que se assina para não o cumprir. Peso maior recai no contexto do cumprimento de sentença que tramita na origem, pois decorre de sentença homologatória de mérito, proferida com base no artigo 487, III, alínea “b” do Código de Processo Civil, nos autos da Ação Civil Pública n. 1002842-28.2016.8.26.0081, devendo a UNIFAI envidar esforços suficientes para que o compromisso que assumiu perante o Ministério Público, no intuito de beneficiar a população de Adamantina, seja cumprido”.

 

 

 

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ExpoVerde 2024 anuncia abertura da festa com show de Maiara & Maraísa

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A famosa dupla sertaneja Maiara & Maraísa é a primeira atração anunciada para a ExpoVerde 2024. A atração foi anunciada na tarde da última quinta-feira, 25, pela Comissão Organizadora da ExpoVerde 2024.

O show de Maiara & Maraísa na abertura da ExpoVerde 2024, no dia 3 de setembro.

A ExpoVerde 2024 que é considerado um dos maiores eventos da região de portões abertos, terá a duração de seus dias e será realizada de 3 a 8 de setembro no Recinto Poliesportivo de Adamantina.

As demais atrações serão anunciadas nos próximos dias pela Comissão Organizadora e já vem gerando grande expectativa em Adamantina e região.

O presidente da Comissão Organizadora da ExpoVerde 2024, Gustavo Taniguchi Rufino esteve nos estúdios da TV Folha Regional na manhã de segunda-feira (22), onde trouxe a população de Adamantina e região várias informações sobre o evento.

“Podemos ter este ano sete shows. Estamos tentando acertar mais um artista para tocar no domingo, após a apresentação infantil”, revelou Gustavo.

Para este ano, a comissão organizadora da ExpoVerde definiu como tema “Tecnologia no agronegócio”. A abordagem da temática visa evidenciar o quanto a aplicação da tecnologia vem para tornar o trabalho do produtor rural mais fácil e visa gerar maior eficiência nos resultados obtidos por meio das propriedades rurais.

 

 

 

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Docente do Centro Universitário apresenta pesquisa na 16ª Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito da Saúde

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O Centro Universitário de Adamantina esteve bem representado na 16ª Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito da Saúde, pelo docente do curso de Direito Prof. Me. Rafael Teixeira Sebastiani.

Este prestigiado evento, realizado pela primeira vez no Brasil, aconteceu no Conselho Federal de Medicina (CFM) em Brasília e reuniu especialistas de todo o mundo para discutir mais de 70 tópicos e subtópicos nas áreas mencionadas.

Sebastiani participou com um recorte de sua pesquisa de mestrado, apresentando em inglês no Hall E, o trabalho intitulado “Health mediation strategies and reduction of judicialization of health in small municipalities” (Mediação sanitária e redução da judicialização da saúde em municípios de pequeno porte), que teve a orientação do Prof. Dr. Rogério Nogueira de Oliveira e análise dos dados coletados realizada pela Prof.ª Dra. Gisela Tunes.

 A apresentação destacou estratégias de mediação sanitária que podem reduzir a judicialização da saúde em pequenos municípios, um tema de grande relevância para a saúde pública.

“Foi uma experiência desafiadora apresentar os resultados da pesquisa em inglês neste evento internacional e uma honra compor o time de pesquisadores que levaram suas ideias num evento dessa magnitude. Com certeza, os ensinamentos deste congresso refletirão em sala de aula, contribuindo com os discentes nas disciplinas que leciono”, ressalta Rafael.

A cerimônia de abertura contou com a presença de importantes nomes políticos e médicos, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha e o presidente do Conselho Federal de Medicina, José Gallo. O evento ofereceu uma plataforma internacional para discursos científicos frutíferos e troca de ideias entre os participantes, consolidando-se como um espaço vital para o avanço da bioética, ética médica e direito da saúde.

O trabalho de Sebastiani foi um dos muitos apresentados nos seis halls do congresso, destacando-se pelo enfoque em problemas locais e soluções práticas aplicáveis a pequenas comunidades. A participação do docente do Centro Universitário de Adamantina em um evento desta envergadura demonstra o compromisso da instituição com a pesquisa de ponta e a formação de qualidade de seus alunos.

 

 

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Rumo inicia limpeza de ferrovia para futura reativação do ramal Bauru-Panorama

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Com informações de reportagem do Marilia Noticia por Rodrigo Viudes

Abandonados há 15 anos por diferentes concessões ferroviárias, os trilhos que atravessam Marília estão na linha da ordem de serviço de limpeza que partiu da diretoria da Rumo Logística, atual gestora da ferrovia.

A melhoria atende às novas obrigações de investimento e de reequilíbrio econômico-finance pactuados pela companhia de logística e o Tribunal de Contas da União (TCU), a fim de viabiliza concessão renovada da Malha Paulista até 2058.

A limpeza é apenas a primeira etapa para reativação do ramal Bauru-Panorama. Os trabalhos já foram iniciados entre Bauru e Garça e devem avançar até Marília e demais cidades no sentido oeste nos próximos meses.

“O prazo final para conclusão está previsto para 2028, com retorno das atividades ferroviárias, conforme contrato estabelecido com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)”, informou a Rumo, em nota ao jornal Marilia Noticias.

Após a limpeza, a próxima etapa de recuperação da infraestrutura da via férrea, o que inclui a correção de erosões e ajuste de cortes e aterros e, por fim, a substituição de dormentes, trilhos e lastro brita.

PROBLEMAS

Em Marília, a finalização de todas as etapas de recuperação pela ferrovia passa pela desocupação áreas de domínio da ferrovia por moradores nos distritos de Lácio e Padre Nóbrega e de camelôs antiga estação ferroviária.

Em outras cidades também existirá a necessidade de desocupação de áreas de domínio da ferrovia

HISTÓRIA

Em janeiro de 2009, com centenas de toneladas de açúcar carregadas em Tupã, o ultimo trem passou por Marilia indo em direção ao porto de Santos.
Na época a linha estava concedida para a empresa Ferroban, que seria sucedida pela América Latina Logística (ALL) que, em 2015, foi incorporada pela Rumo Logística.

A Ferroban ainda manteve o transporte de passageiros, por obrigação contratual, até extingui-lo seus trechos por todo o interior paulista. Em Marília, o último trem apitou na antiga estação em 15 março de 2001, rumo a Campinas, para nunca mais voltar.

 

 

 

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