Quando publiquei o artigo Eleições 2024 (em maio deste ano), fazendo uma retrospectiva das eleições municipais dos últimos 40 anos em Adamantina, muita gente torceu o nariz e disse que a história não iria se repetir na cidade. Nem é preciso dizer que entre os que afirmavam isso, a maioria era do grupo da situação.
Tinham tanta certeza que a eleição de 2024 estava decidida, que achavam que o maior problema seria escolher o candidato a vice-prefeito, haja vista a quantidade de pessoas que se ofereciam para ocupar o cargo na chapa deles (conheço várias). Como na política as coisas mudam da noite para o dia, esperei o tempo passar.
Quatro meses depois, publiquei o artigo Observações políticas. Nele fazia uma atualização do quadro político em Adamantina. Neste curto espaço de tempo, muitas coisas haviam tomado outro rumo e tudo indicava que a eleição estava mesmo caminhando para ser polarizada entre Alcio Ikeda e Gustavo Taniguchi.
No entanto, dava para perceber que estava surgindo um novo problema para ser resolvido pela situação. Algumas pessoas começavam criticar o pré-candidato do próprio grupo. Não bastasse, insistiam em colocar outros nomes nas pesquisas que seriam realizadas nos meses seguintes. Nem é preciso dizer que erros dessa natureza (fogo amigo) causam danos em qualquer pré-candidatura.
De lá para cá, segundo esses mesmos membros da situação, foram realizadas três pesquisas eleitorais. Testaram vários nomes, nenhum emplacou e o cenário ficou ainda mais complicado para o grupo. Enquanto isso, as coisas estão indo de vento em popa para a oposição. Ao menos três partidos estão alinhados com a pré-candidatura de Alcio Ikeda (Podemos, MDB e Republicanos).
A propósito, pelo que observamos na apresentação da Comissão Provisória do Partido Socialista Brasileiro-PSB (partido do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Márcio França, entre outros), ocorrida no último sábado, essa sigla poderá fazer parte da forte coligação oposicionista que está sendo construída na cidade. Se isso se concretizar, estarão no mesmo grupo partidos aliados dos governos estadual e federal.
Por fim, recordemos a eleição de 2012. Naquele ano, apesar dos altos índices de aprovação de quem estava no poder, a disputa eleitoral se transformou numa luta de classes. Quando isso acontece, é macuco no embornal de quem se identificar melhor com as camadas mais populares da sociedade. Sei que existe quem não acredita nisso, mas a história costuma se repetir na política. Boas festas, caro leitor! Até 2024!