Connect with us

Geral

Governo teme que atos de rua cresçam e se tornem pró-impeachment

Publicado

em

O Palácio do Planalto teme que manifestações de rua em defesa da democracia e contra o governo federal cresçam e se tornem atos pró-impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Após a escalada de tensão dos últimos dias, Bolsonaro deu na quarta-feira, 3, uma espécie de ordem unida e chamou manifestantes contrários a seu governo de “marginais” e “terroristas”. O gesto refletiu a preocupação expressada por aliados do governo nas redes sociais.

Bolsonaro usou termos duros para se referir a integrantes de grupos – autointitulados antifascistas – que passaram a promover atos contra o governo. Na mesma linha, o vice-presidente Hamilton Mourão também classificou os participantes desses protestos como “baderneiros”, em artigo publicado também na quarta-feira no Estadão.

Novos atos estão sendo chamados para o fim de semana por grupos ligados a torcidas de futebol, agora engrossados pela Frente Povo sem Medo, organização que reúne movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda. Em São Paulo as manifestações estão agendadas para o início da tarde de domingo na Avenida Paulista. O governo estadual proibiu atos rivais (contra e a favor de Bolsonaro) simultâneos na capital. Há manifestações agendadas no Rio, Salvador, Belo Horizonte e outras cidades.

Na prática, a principal pauta dos bolsonaristas, hoje, é a criminalização dos protestos de rua. Além disso, há na cúpula do governo a avaliação de que os fatos recentes que desgastam o Planalto – principalmente os relacionados a inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal – podem reforçar a defesa do afastamento do presidente.

As manifestações antirracistas nos Estados Unidos após o assassinato de George Floyd, segurança negro asfixiado por um policial branco, também causam apreensão no Planalto. Foi ao se referir aos protestos, na noite de terça, 2, que Bolsonaro defendeu uma “retaguarda jurídica” para a atuação da polícia nas manifestações no Brasil.

“Começou aqui com os antifas (movimento antifacista) em campo. O motivo, no meu entender, político, é diferente. São marginais, no meu entender, terroristas”, afirmou Bolsonaro. “Têm ameaçado, (no próximo) domingo, fazer movimentos pelo Brasil (…). Lá (nos EUA) o racismo é um pouco diferente do Brasil. Está mais na pele. Então, houve um negro lá que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta. (…) Agora, o povo americano tem que entender que, quando se erra, se paga. Agora, o que está se fazendo lá é uma coisa que não gostaria que acontecesse no Brasil.”

Levantamento da empresa AP Exata mostra que há nas redes sociais uma tendência de crescimento das manifestações anti-Bolsonaro, com argumentos de defesa da democracia. De acordo com a pesquisa, recentes mensagens postadas por seguidores do presidente indicam que a mídia e a esquerda buscam estimular os protestos para derrubar o presidente. Os próximos atos de rua também devem incorporar a pauta antirracista.

Na segunda-feira, Bolsonaro pediu a apoiadores que evitem ir às ruas no domingo para não haver confronto com a oposição. “Não tenho influência, não tenho nenhum grupo e nunca convoquei ninguém para ir às ruas. (…) Nós precisamos de uma retaguarda jurídica para que nosso policial possa bem trabalhar, em se apresentando esse tipo de movimento, que não tem nada a ver com democracia.”

O presidente citou depredações ocorridas em Curitiba e disse ainda que é preciso impedir o alastramento de movimentos assim. “Não podemos deixar que o Brasil se transforme no que foi há pouco tempo o Chile”, insistiu Bolsonaro, numa referência aos protestos do país vizinho.

Um adolescente foi apreendido quarta em Curitiba, suspeito de atear fogo na bandeira nacional hasteada em frente ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo estadual. Ele participou de um “ato antirracista” na segunda-feira, que reuniu cerca de mil pessoas na região central da capital paranaense. Ele foi o oitavo manifestante detido pela polícia. Outras sete pessoas foram encaminhadas à delegacia no dia do ato, que ocorreu de forma pacífica. Segundo as investigações, os atos de vandalismo e depredação foram registrados na dispersão. Os movimentos sociais que organizaram ou aderiram à manifestação atribuíram os atos de vandalismo e depredação a infiltrados.

Mais tarde, no Twitter, Bolsonaro bateu na mesma tecla, demonstrando preocupação com o confronto. “Quem promove o caos, queima bandeira nacional e usa da violência como uma forma de ‘protestar’ é terrorista sim! Manifestante, contra ou a favor do governo, é outra coisa.”

Mourão adotou o mesmo tom. “Aonde querem chegar? A incendiar as ruas do País, como em 2013? A ensanguentá-las, como aconteceu em outros países? Isso pode servir para muita coisa, jamais para defender a democracia. E o País já aprendeu quanto custa esse erro.”

Crítica

Líderes de movimentos classificaram as reações de Bolsonaro e Mourão de autoritárias. “As declarações são próprias de figuras políticas que não sabem viver com o contraditório”, disse o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão. “Manifestações em defesa da democracia seguem um direito constitucional. Terrorista deveria ser considerado quem faz manifestação em defesa do AI-5 e da tortura. As declarações mostram mais um face de um governo autoritário”, afirmou Josué Rocha, da coordenação nacional da Frente Povo Sem Medo.

Um dos líderes do movimento Somos Democracia, Danilo Pássaro criticou o artigo de Mourão. “Ao contrário do que diz o vice, são os apoiadores do governo que expõem seus revólveres e armas.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Publicidade

Geral

ARTIGO: Brasil unido para aliviar o sofrimento do povo gaúcho

Published

on

Por Alexandre Padilha

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mobilizou todo o esforço do governo federal para ajudar nossos irmãos gaúchos que sofrem com as terríveis consequências das chuvas no Rio Grande do Sul. Logo após o anúncio da situação no estado, equipes e profissionais de todos os Ministérios entraram em ação em parceria com governo do estado e as prefeituras para salvar vidas e conter os danos causados, em um estado constante de solidariedade e vigilância. 

As forças de segurança e defesa civil nacionais se somaram as forças dos outros estados e estamos vivendo uma grande mobilização nacional, em harmonia federativa, e uma sala de situação foi instalada no Palácio do Planalto, todos com um só objetivo: aliviar o sofrimento do povo gaúcho.

Estive com o presidente Lula no último fim de semana em visita as áreas do estado atingidas e o presidente foi enfático ao dizer “Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse Estado”. 

Nós, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, criamos um corredor expresso de emendas de resgate emergencial para o Rio Grande do Sul. Fizemos uma reunião com a bancada gaúcha de deputados e senadores e com o Congresso Nacional para azeitar nossa ideia de como agilizar a liberação dos e recursos.

Nesse momento, serão destinados R$1,3 bilhão em emendas parlamentares para os municípios gaúchos, destinados para ações emergenciais nas áreas da Saúde e Defesa Civil. O governo federal já realizou o pagamento de R$ 542 milhões e outros R$246 milhões já foram processados e devem ser pagos ainda nesta semana.

Também serão antecipados mais R$480 milhões de transferências especiais, que são aquelas emendas que os parlamentares indicam direto para o Fundo de Participação dos Municípios, e de R$62 milhões de emendas de comissão.

Parlamentes de outros estados nos procuraram a fim de direcionar parte de suas emendas para o Rio Grande do Sul e o pedido foi prontamente aceito pelo presidente Lula.

A liberação dessas emendas permite que os municípios possam usar esses recursos para várias ações de resgate. Essa mudança emergencial na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi aprovada em tempo recorde pelo Congresso Nacional e é a resposta célere de uma instituição preocupada em atender às demandas urgentes da população gaúcha.

Nós vamos abrir uma janela para que os parlamentares possam reorientar as suas emendas. Só da bancada gaúcha, R$ 448 milhões de ações já inscritas no orçamento federal que poderão ser deslocadas para as áreas da Defesa Civil, Saúde ou Assistência Social.

Estamos na força tarefa de fazer com que essa antecipação e alteração na LDO ajude o mais rápido possível a população do Rio Grande do Sul. Não vamos medir esforços para resgatar a dignidade do povo gaúcho e reconstruir esse estado tão importante para o nosso país.

 

*Alexandre Padilha é médico, professor universitário, ministro das

Relações Institucionais da Presidência da República e deputado federal licenciado (PT/SP). Foi Ministro da Coordenação Política no primeiro governo Lula, da Saúde no governo Dilma e Secretário da Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de SP.

Continue lendo

Geral

ARTIGO: Jacarés-açus na espreita

Published

on

Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35.079/SP.)

Desta vez o assunto é sério e merece atenção. Nem todo mundo sabe, mas o jacaré-açu é um dos maiores e mais temidos animais da Amazônia. Pode ultrapassar os seis metros de comprimento e pesar mais de 500 quilos. Na infância, se alimenta de pequenos animais, com preferência para insetos, caramujos e caranguejos. Quando adulto, o cardápio muda. Agora é a vez de degustar peixes, tartarugas, capivaras, sucuris, onças e até mesmo um ou outro pescador/ribeirinho mais desavisado.

O bicho, por sinal, nada simpático, pode passar dos 100 anos de idade e tem algumas características marcantes. Se a fome aperta, não hesita em comer os filhotes da própria espécie. Também é diferenciado na velocidade. No encalço de uma presa, consegue atingir espantosos 60 quilômetros por hora. Para efeito de comparação, o recorde do jamaicano Usain Bolt é de 44 quilômetros por hora. Portanto, se encontrarmos um jacaré-açu às margens de um rio e ele estiver de barriga vazia, adeus mundo cruel. Mais perigoso que o famoso réptil, só o seu parente que entrou para a política. Explico.

Durante uma seca prolongada, um jacaré-açu, revoltado com as ações devastadoras dos negacionistas climáticos, deixou o seu habitat e se mudou para a cidade. Lá, viu na política uma ótima oportunidade para melhorar de vida. Frio e calculista, não demorou para fazer carreira. Começou como cabo eleitoral e logo virou assessor parlamentar. Muito dedicado no que fazia, em pouco tempo aprendeu os principais segredos do oficio. Dai para se candidatar ao cargo de vereador e ser eleito, foi um pulo.

Sendo muito astuto, o jacaré-açu criou algumas estratégias para se manter no poder. Ter o controle de uma ou mais siglas partidárias, foi uma delas. Com isso, sempre é reeleito vereador. Em períodos pré-eleitorais, por exemplo, ele sempre busca filiar em seu partido filhotes de répteis de outras espécies. Depois que os objetivos são atingidos, os devora sem dó nem piedade. O canibalismo ocorre porque o jacaré-açu tem receio que surjam novas lideranças na sua base eleitoral.

Acontece que não é só no canibalismo que o brutamontes mantém as tradições dos ancestrais. Na resistência física, a história se repete. Ele continua tendo a força e a agilidade dos parentes que ficaram na Amazônia. Para se ter uma ideia, num mesmo dia, o jacaré-açu vai num campeonato de truco, passa por um torneio de futebol, participa de um jogo de damas e ainda consegue tempo para postar as selfs que tirou nos eventos (para deleite dos fiéis seguidores) nas suas redes sociais.

Pobres calouros da política (calanguinhos verdes, lagartixas e teiús) que estão sonhando com uma cadeira no Poder Legislativo. No dia 7 de outubro, haverá muitas lágrimas nas casas dessas criaturas inocentes. Além de não serem eleitas, elas irão dar mais um mandato de vereador ao famigerado réptil (os minguados votos que elas receber, vai ajudá-lo a conquistar a vaga pelo quociente eleitoral). O jogo na política é bruto, e os jacarés-açus (isso mesmo, no plural) estão na espreita em todas as cidades da Nova Alta Paulista. Só não enxerga, quem não quer.

 

Continue lendo

Geral

Carreta dos Correios com doações para o Rio Grande do Sul tomba na Bandeirantes no interior de SP

Published

on

Uma carreta dos Correios carregada com doações para as vítimas dos temporais que assolam o Rio Grande do Sul tombou na noite desta quarta-feira (8) na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), na altura de Santa Bárbara d’Oeste(SP). Houve derramamento da carga na pista.

A tragédia no Rio Grande do Sul provocou 100 mortes até esta quarta-feira (8). O estado registra 130 desaparecidos e 374 feridos e há 230,4 mil pessoas fora de casa.

De acordo com a AutoBAn, concessionária que administra a via, houve registro de uma vítima leve. Segundo o Samu, o motorista da carreta não se feriu.

Continue lendo

Mais Lidas

error: O conteúdo está protegido !!