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ARTIGO: Conversas em Adamantina, perseguição em Dracena

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Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35079/SP.)

Pelas conversas que circularam em pontos “estratégicos” de Adamantina, alguns trechos do artigo O homem e a natureza fizeram aumentar a quantidade de desafetos que tenho na cidade. Como sou da paz, gostaria de dizer que não tive a intenção de ofender quem quer que seja com o escrito. Apenas dei a minha opinião sobre alguns assuntos. A propósito, o artigo 136 do Código Penal, bem como o ECA, são claros quanto à exposição de crianças a riscos desnecessários. Pesquisem.

A mesma linha de raciocínio pode ser aplicada a outros dois casos tratados no texto. A falta de água só chegou ao ponto que chegou em Adamantina, devido a falhas pontuais de sucessivas administrações municipais. No contrato de concessão, assinado em 2010, existem cláusulas, que se tivessem sido cumpridas pela Sabesp, evitariam a recorrente falta de água na cidade. O poder público foi omisso nas cobranças que deveria fazer à empresa e não é com reuniões (que só servem para tirar fotos para postar nas redes sociais) em associações de bairro que irá resolver esse sério problema. Pesquisem.

No caso da empresa que há anos polui o ar em Adamantina com insuportável mau cheiro (por “coincidência”, com mais frequência aos finais de semana e nas horas que antecedem as chuvas) a receita é a mesma. Reuniões de políticos com empresários nunca resolverá esse tipo de problema. É óbvio que nessas discussões o velho discurso (ou seria chantagem) da importância da geração de empregos vai prevalecer na mesa de debate. É preciso que os “representantes” do povo tratem esse assunto com mais competência. Existem vários órgãos ambientais do Estado aptos para analisar e dar um parecer técnico definitivo sobre essa questão desagradável. Pesquisem.

Espero que os esclarecimentos acima coloquem fim nas “conversas” de que sou contra projetos escolares ambientais, contra reuniões do poder público em bairros da cidade e contra a geração de empregos e renda no município. Quem me conhece sabe que sempre fui um defensor dos interesses coletivos. As ações socioambientais em que atuei ao longo da vida, junto com valorosos companheiros, sempre foram voluntárias. E olha que essas ações não foram poucas, como pode ser visto no livro Meu legado de lutas socioambientais. Definitivamente, nunca fui pavão ou “ecodinheirista”.

Feito o desabafo, vamos ao outro assunto de hoje. Trata-se da perseguição que um parlamentar vem sofrendo há tempos em Dracena. Para que o leitor tenha uma ideia do caso em pauta, o vereador está enfrentando o terceiro processo de cassação do seu mandato no legislativo dracenense. Foi cassado por seus pares no primeiro, mas reverteu a decisão na justiça. O segundo foi arquivado pela Câmara dos Vereadores e o terceiro ainda tramita no parlamento. Concomitantemente ao andamento deste último processo na Casa de Leis, o edil buscou socorro junto ao MPSP/Dracena.

Após análise da documentação anexada ao pedido feito pelo vereador, o Promotor de Justiça, Dr. Antônio Simini Jr., entendeu que o autor do pedido de cassação (que é o mesmo nos três processos) do mandato do parlamentar cometeu o crime previsto no artigo 339 do Código Penal (denunciação caluniosa). Como a pena mínima prevista para este tipo de delito não ultrapassa os 4 anos de prisão, o Douto Representante do Ministério Público, propôs ao réu, que também é presidente do PL na Cidade Milagre, Acordo de Não Persecução Penal condicionado ao cumprimento de uma série de exigências legais. Entre elas, o pagamento em pecúnia de pesados valores. 

Não sabemos se a proposta do Promotor de Justiça vai ser aceita pelo réu, pois cabe a ele o direito de escolha. No entanto, uma coisa é fato. Esse caso deverá entrar para os anais da história da Nova Alta Paulista. Também será pedagógico e servirá de alerta na questão da perseguição política. Não é porque um parlamentar está cumprido com o seu sagrado dever de fiscalizar os atos do Chefe do Executivo, que ele deve ter o mandato cassado. Existem leis e elas devem ser obedecidas por todos, sem exceção.

Fica aqui os nossos cumprimentos ao vereador Júlio César Monteiro da Silva, que mesmo enfrentando uma implacável perseguição, nunca esmoreceu em sua luta pelos direitos dos dracenenses. Que a sua atuação sirva de exemplo para outros vereadores da região. Quanto aos seus adversários, dizem que a situação deles não é das melhores. Além das inúmeras “pendências” que estão enfrentando no Poder Judiciário e no TCE, comenta-se à boca miúda que quatro ex-prefeitos de Dracena, preocupados com o futuro do município, estão se unindo contra a reeleição do atual alcaide.

Enquanto isso, a nível Brasil, deputados bolsonaristas fazem barulho contra o veto parcial do presidente Lula no Projeto de Lei 2.153/2022 (projeto que acaba com as saidinhas de presos do regime semiaberto em determinadas datas do ano), mas se esquecem que nesta semana votaram para livrar da cadeia o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, deputado federal Chiquinho Brazão. Coisas da contraditória extrema direita brasileira!          

 

 

 

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ARTIGO: Santa Casa, FAl e Poder Judiciário

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Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35.079/SP.)

No dia 9 de setembro de 2003, publiquei, no jornal Diário do Oeste, o texto Um pouco da história da Santa Casa, onde contava a história da entidade, da sua idealização à intervenção municipal ocorrida no início daquele mês. Recordemos alguns trechos do antigo escrito. A Santa Casa foi fundada no dia 1 outubro de 1952 por um grupo de pessoas preocupadas com a saúde da população. Em 1953, esse grupo enviou à Câmara Municipal, por intermédio do vereador Antônio Andrade, proposta de criar um imposto de Cr$ 2,00 por pé de café, para começar a obra. A justificativa para o imposto era o fato da população rural ser o dobro da urbana.

Os cafeicultores não concordaram com a proposta, e o mesmo vereador apresentou um projeto de lei criando um adicional de 10% sobre os impostos municipais, cuja arrecadação seria transferida para a Santa Casa. Consultados, os adamantinenses aprovaram o novo tributo, e assim nasceu a Lei Municipal 238/53. Em outubro de 1957, o prédio foi concluído e o Governo do Estado enviou os equipamentos para a Santa Casa funcionar. Faltava contratar o pessoal administrativo. Depois de muita insistência da Irmandade da Santa Casa (formada pelos seus idealizadores), o Bispo da Diocese de Marilia, Dom Hugo Bressane de Araújo, designou uma equipe de freiras da Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus para administrar a casa de saúde.

Em 7 de dezembro de 1957, finalmente aconteceu a inauguração da Santa Casa, com as irmãs missionarias assumindo a administração da entidade. Todas tinham curso superior nas áreas que atuariam e nada receberiam por seus serviços. Havia ainda um compromisso assumido pela Irmandade em 1953 que impedia o nepotismo e a politicagem na Santa Casa. O adicional de 10%, destinado à construção do prédio, pela Lei Municipal 210/61, passaria a ser permanente. Convênios com os governos estadual e federal, e muito controle e austeridade complementavam o orçamento. O banco de sangue dava lucro. O raio x também. O paciente que tinha condições de pagar pagava, quem não tinha não pagava, e o tratamento era igual para todos.

Tudo era feito em parceria entre as freiras e a irmandade, sob a supervisão do diretor clínico e do provedor. Mas, como nada é perfeito neste mundo, de vez em quando surgiam pequenas crises. Certa feita, algumas “pessoas” que queriam tirar proveito do empreendimento fizeram um grande movimento para desestabilizar um ex-provedor, chegando a ameaçá-lo de morte. Por sorte, essa tentativa de boicote foi superada sem maiores infortúnios e a Santa Casa seguiu o rumo traçado pelos valorosos pioneiros até 22 de outubro de 1988, quando o contrato com a Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus foi rompido.

Com o fim do contrato, o compromisso assumido pela irmandade da Santa Casa em 1953 deixou de ser cumprido. O nepotismo e a politicagem começaram a fazer história. E, ao que parece, o resultado disso foi o início da decadência que culminou na intervenção feita em 5 de setembro de 2003. Aqui encerro a narrativa extraída do texto Um pouco da história da Santa Casa. Entretanto, do longínquo ano de 2003 aos dias atuais, muita água passou debaixo da ponte. Vejamos.

Com o decorrer do tempo, as dificuldades na Santa Casa só aumentariam. Ocorreriam outras intervenções do poder público municipal e seriam realizadas algumas campanhas filantrópicas para evitar que a instituição fosse fechada. Para piorar, em 2011, por ser inconstitucional (como este humilde articulista já havia afirmado no texto Praças, Santa Casa e cinema, também publicado em 2003), foi revogada a Lei Municipal 210/61 que garantia a destinação do adicional de 10% dos impostos municipais à casa de saúde. Felizmente, novos personagens se tornariam protagonistas na luta contra o fechamento da Santa Casa e por uma saúde pública de qualidade em Adamantina.

Em janeiro de 2018, após grande esforço de autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público locais, a Santa Casa passou a ser administrada pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. A gestão dos freis franciscanos melhorou/humanizou o atendimento à população e isso fez com que em janeiro de 2022 a Santa Casa fosse incorporada definitivamente à Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. Com a incorporação, a entidade passou a ser denominada Santa Casa de Misericórdia de Adamantina na Providência de Deus.

Sempre lembrando que em 2015, enquanto a Santa Casa passava por uma das suas maiores crises financeiras, a FAl conquistava o curso de medicina. Isso gerou a expectativa de que em quatros anos a saúde pública mudaria da água para o vinho em Adamantina. Afinal de contas, o Internato Médico, obrigatório no curso de medicina, seria iniciado em janeiro de 2020 e iria ser um divisor de águas na saúde pública na cidade. No entanto, o internato foi para Araçatuba. Em seguida, para São Carlos.

No final de 2023, o Poder Judiciário, em Adamantina, julgou procedente Ação Civil Pública, proposta pelo MPSP, e proibiu a renovação do Termo de Colaboração para Internato Médico, assinado entre a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e a FAI. A instituição recorreu da decisão e o caso tramita na justiça. Vale dizer que a FAl é uma autarquia municipal, criada em 1968, cuja mantenedora é a prefeitura de Adamantina. Traduzindo. Se um dia algo der errado com a instituição, o dinheiro para arcar com o prejuízo sairá dos cofres municipais, ou seja, do bolso dos adamantinenses.

Para encerrar, gostaria de fazer algumas perguntas à população da Cidade Joia. A Santa Casa e as unidades de saúde do município, mesmo com os grandes investimentos em infraestrutura dos últimos anos, não estão prontas para receber o Internato Médico? É justo a autarquia de uma cidade (que nasceu graças aos impostos pagos pelo povo desta cidade), investir na saúde da população de outra cidade? Por que o silêncio da mídia e dos pré-candidatos ao cargo de prefeito em torno de assunto tão importante? Existe alguma pressão corporativa impedindo que a discussão avance na sociedade adamantinense?

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Ônibus que transportava trabalhadores rurais tomba em Paranapanema

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Um ônibus que transportava trabalhadores rurais tombou na Estrada Rio Boi Branco do distrito Campos de Holambra, em Paranapanema (SP), na madrugada desta terça-feira (14).

Conforme uma das passageiras do ônibus, algumas pessoas foram socorridas e levadas até a UBS mais próxima pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outras foram levadas por motoristas que passavam pelo local e viram o veículo tombado.

De acordo com os Bombeiros, uma equipe chegou a ser acionada, mas a solicitação foi cancelada após o Samu adiantar o resgate.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) também informou que o acidente aconteceu pois o motorista perdeu o controle da direção enquanto dirigia pela pista molhada. O ônibus transportava 42 passageiros, dos quais 14 se feriram.

Segundo os responsáveis pela UBS Onofre Leme de Almeida, ao menos 12 pessoas foram atendidas com ferimentos leves e outras duas precisaram ser transferidas devido a gravidade dos ferimentos para realizarem raio X.

O caso foi registrado como lesão corporal pela Delegacia de Paranapanema.

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Jovem morre em batida na estrada que liga Dumont a Ribeirão Preto

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Um jovem de 24 anos morreu em um acidente na tarde desta quarta-feira (15) na Rodovia Mário Donegá, entre Dumont (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o motorista do carro seguia no sentido Ribeirão-Dumont, quando teria invadido a pista contrária e batido de frente com o caminhão.

Com o impacto, o motorista foi projetado para fora do carro. De acordo com a polícia, a hipótese é que ele não usava o cinto de segurança no momento da batida. O caminhão só parou ao bater na defensa metálica.

O trecho é de pista simples e, de acordo com a polícia rodoviária, não é permitido ultrapassagem no local.

A perícia deve apontar as causas do acidente.

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