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ARTIGO: A espiga

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Como nos últimos artigos falei dos impactos causados pela Segunda Guerra Mundial na vida de imigrantes alemães e japoneses na região, vou encerrar este assunto falando da saga dos pioneiros estrangeiros que primeiro se estabeleceram na Nova Alta Paulista. Façamos mais uma pequena viagem pela nossa história.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 11 de novembro de 1918, as coisas se complicaram na Letônia. Um novo regime político trouxe mudanças significativas na vida do povo leto, entre as quais rígidas regras aos cultos religiosos. Como existia muitos evangélicos no país, estes começaram a se organizar em grupos e deixar a terra natal. No longínquo ano de 1922, dois representantes de um destes grupos vieram para o Brasil e compraram terras na margem direita do Rio do Peixe, onde seriam fundadas a Colônia de Varpa e a Corporação Evangélica Palma (atual Fazenda Palma).

Em seguida, chegariam outros 2.400 imigrantes para formar uma comunidade solidária que iria sobreviver por muitos anos em sistema de cooperativa no local. Estes pioneiros desbravaram as matas, construíram as suas casas e logo se tornaram autossuficientes. Para se ter uma ideia, na década de 1920, eles já tinham em suas terras uma gráfica onde imprimiam jornais e comunicados, escola, oficina, marcenaria e energia elétrica gerada numa queda d’água próxima à colônia. Enquanto isso, nas cidades da região, a energia elétrica não passava de um sonho que iria demorar muitos anos para se tornar realidade.

Sendo à liberdade aos cultos religiosos um dos motivos para terem deixado a Letônia, em pouco tempo os letos construíram a primeira Igreja Batista, que conseguia abrigar 1000 fiéis sentados e era considerada a maior da América do Sul. Detalhe. Desde a chegada ao Brasil os imigrantes falavam exclusivamente o letão, lembrando que as professoras da comunidade eram letas e por isso não tinham como ensinar outro idioma para as crianças nascidas em nosso país. E assim foi até o ano de 1934, quando o governo do presidente/ditador Getúlio Vargas, instalou uma escola primária em Varpa e tornou obrigatório o uso da língua portuguesa na colônia.

Importante lembrar ainda que alguns anos antes, mais exatamente em 1929, o empreendedor Luís de Sousa Leão, colocou em prática um plano de loteamento numa área de terras que havia adquirido no espigão divisor das bacias dos Rios do Peixe e Aguapei (Feio), por “coincidência” no traçado projetado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro para passar a ferrovia que iria trazer muito progresso para a Nova Alta Paulista, e que atualmente está desativada. Nascia assim, a menos de 26 kms de Varpa, a cidade de Tupã. Logo os imigrantes iriam sentir os reflexos disso tudo.

Em 1941, a ferrovia chegou em Tupã. A partir desta data, o trem, da mesma forma que transportava para serem comercializados nos grandes centros os embutidos, defumados, doces, conservas, geleias, manteiga e mel produzidos em Varpa, ajudando na renda das famílias; começou a levar para as grandes cidades os jovens que sentiam a falta de oportunidades educacionais e profissionais na comunidade. E eles não eram poucos.

Esse êxodo, digamos natural, causaria grande impacto no futuro. A propósito, a cidade de Tupã (de quem Varpa acabou virando distrito) que surgiu com o loteamento do final de 1929, hoje conta com uma população estimada em 64.416 habitantes; e Varpa, que nasceu em 1922, tem cerca de 640 moradores. Uma população quatro vezes menor que os 2.400 imigrantes que chegaram da Letônia no início do século passado.

Mesmo assim, visitar Varpa e, claro, a Fazenda Palma, ainda é muito gratificante. No distrito são mantidas tradições do leste europeu, e não é difícil encontrarmos descendentes dos imigrantes e suas deliciosas conservas, compotas, geleias e defumados. Tudo feito com receitas que passam de geração para geração. Também existe um museu que nos remete ao passado. Na Fazenda Palma, a história muda. Lá, o casario antigo, as trilhas, o canto dos pássaros e a natureza preservada afagam a nossa alma. E o melhor, podemos nos hospedar nas centenárias casas enxaimel.

Nota do autor: Varpa, em letão vãrpa, é o termo usado na língua letã para designar a palavra espiga. A intenção dos pioneiros era ligar outras unidades à colônia principal, fazendo com que as pessoas da comunidade vivessem unidas como os grãos de milho em uma espiga.

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Motorista de carro morre após bater contra traseira de caminhão em rodovia

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Um motorista morreu neste domingo (16) após bater o carro que dirigia contra a traseira de um caminhão carregado com eucaliptos na Rodovia Luiz de Queiroz (SP-330) em Piracicaba (SP). A frente do veículo ficou completamente destruída.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária de Piracicaba (SP), o acidente ocorreu por volta das 5h30 de domingo (16) na altura do quilômetro 147 da rodovia, em Piracicaba (SP), sentido Santa Bárbara d’Oeste (SP).

Os veículos foram retirados do local do acidente no domingo.

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Mulher e criança morrem em incêndio dentro de casa

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Uma mulher e uma criança morreram em um incêndio na madrugada deste domingo (16) em Miguelópolis (SP).

Segundo informações da Polícia Civil, o fogo começou por volta das 4h30 na casa da família, que fica na Avenida Fulgêncio Costa, no bairro Nossa Senhora das Graças.

O Corpo de Bombeiros foi chamado e uma equipe de uma usina deu apoio ao atendimento da ocorrência com um caminhão pipa.

Apesar dos esforços, uma mulher, de 45 anos, e uma criança, de 9 anos, morreram carbonizadas.

Os corpos das vítimas foram levados ao Instituto Médico Legal (IML).

A Polícia Civil vai investigar o caso e será feita perícia para descobrir a origem do fogo.

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Carro invade pista contrária, bate em outro e passageira é ejetada do veículo e morre na rodovia BR-153

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A passageira de um carro morreu ao ser ejetada do veículo, após ele invadir a contramão e bater em outro carro na madrugada de domingo (16), na BR-153, em Jacarezinho, no norte do Paraná. As informações são da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A vítima foi identificada como Eva Gabriela de Jesus, de 26 anos.

O motorista, de 26 anos, do carro onde a jovem estava foi socorrido em estado grave e levado para o pronto-socorro da cidade.

No outro carro, o condutor e a passageira, de 58 e 24 anos, também tiveram ferimentos e foram levados pelo Corpo de Bombeiros para a mesma unidade de saúde.

A Polícia Científica compareceu ao local para realizar a perícia. Durante o procedimento, os dois sentidos da rodovia foram interditados, sendo liberados na sequência.  

O motorista, de 26 anos, do carro onde a jovem estava foi socorrido em estado grave e levado para o pronto-socorro da cidade.

No outro carro, o condutor e a passageira, de 58 e 24 anos, também tiveram ferimentos e foram levados pelo Corpo de Bombeiros para a mesma unidade de saúde.

Eva trabalhava no restaurante de um supermercado de Jacarezinho. O estabelecimento emitiu uma nota de pesar pela morte da colaboradora. (Veja abaixo).

O corpo da jovem foi levado ao Instituto Médico Legal (IML). Eva foi sepultada na tarde de domingo (16), no cemitério municipal de Jacarezinho.

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