A supervisora da Casa Afro de Adamantina, Meire Cunha será uma das homenageadas do “Prêmio Ruth de Souza”, do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CPDCN), e Coordenação de Políticas para População Negra (CPPN), vinculados à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo.
O renomado prêmio é direcionado às mulheres que se destacaram no enfrentamento ao racismo e na promoção da igualdade social no âmbito estadual e a adamantinense Meire Cunha foi uma das 10 mulheres escolhidas como destaque.
Esse ano, a solenidade acontecerá no próximo dia 30 de agosto, em São Paulo em alusão ao “25 de julho Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”.
Batizado em homenagem à atriz Ruth de Souza, pioneira no teatro, cinema e televisão brasileira, reconhecida por seu trabalho e contribuição para a cultura e a representação negra no Brasil, a premiação acontece desde o ano de sua morte, no ano de 2019. O evento faz parte do calendário oficial do Estado de São Paulo
Sobre a homenageada
Rosemeire, conhecida carinhosamente como Meire Cunha em toda região, tem se dedicado desde 2005 à pesquisa e difusão da cultura afrodiáspora, africana e afro-brasileira. Ela é autora de uma trilogia sobre o racismo estrutural no Brasil e idealizou a Associação Gangazumba de Cultura Negra, que começou como um pequeno coletivo e se tornou uma associação oficial em 2022. Além de sua atuação como servidora pública e supervisora da Casa Afro de Adamantina, Meire é conhecida por suas palestras, oficinas e orientação sobre a cultura afrodiáspora em toda a região.
“Sou uma mulher negra de cor parda que desde a infância buscou pertencimento através da literatura”, descreve Meire.
Meire Cunha formou-se em Magistério, técnico em Administração, técnico em Açúcar e Álcool, técnico em Enfermagem, Ciências Contábeis e gerenciais complementação pedagógica em História e atualmente cursa Pedagogia pela UNIVESP. Além disso, ela possui formação em Terapia Holística pela Escola Ibrath e Instituto Terceira Visão.