Cidades
Patrimônio cultural imaterial. Já ouviu falar sobre isso?
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10 meses atrásem
Quem nunca se encantou com uma roda de capoeira? Com a alegria do frevo ou com outras danças regionais? Ao assistirmos ou até mesmo ao fazer parte, pouco nos preocupamos em saber a origem daquela manifestação artística, que, muitas vezes, têm séculos de tradição.
Muitas manifestações populares (danças, receitas culinárias, rezas, ritmos musicais, entre outros) nasceram espontaneamente, constituindo a cultura de um povo. E, como tal, devem ser preservadas porque constituem a sua identidade. Elas formam os chamados bens culturais imateriais e são de toda a sociedade.
No Brasil, temos um órgão criado com a finalidade de proteger esses bens imateriais. Trata-se de uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), criada em 1937, com o nome de Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, cuja sigla é Iphan. Para ele, “os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas)”.
Em 1988, a Constituição Federal (CF) inseriu os artigos 215 e 216, ampliando a noção de patrimônio cultural, ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial.
O patrimônio imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. (IPHAN, 2000)
Conforme Vianna (2003), “os instrumentos de registro dos bens imateriais, não são fechados, normativos e restritivos, mas abertos aos pontos de vista e expectativas dos portadores de tradições culturais específicas, pressupondo a dinâmica própria dessas tradições, sem pretender, portanto, ‘engessar’ suas formas e conteúdos no tempo e no espaço”.
Segundo o órgão responsável, até o momento já foram registrados os seguintes bens brasileiros: Arte Kusiwa dos índios Wajãpi (técnica de pintura e arte gráfica própria desse grupo indígena que vive no Amapá); Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (assim chamadas por ser a maioria das artesãs, mulheres que residem no bairro de Goiabeiras, em Vitória, capital do estado do Espírito Santo); Samba de Roda no Recôncavo Baiano (o samba praticado, principalmente, na região do Recôncavo é uma mistura de música, dança, poesia e festa aos orixás); Círio de Nossa Senhora de Nazaré (celebração religiosa que se caracteriza por uma procissão em que milhares de romeiros acompanham a imagem de Senhora de Fátima pelas ruas de Belém, no Pará); Ofício das Baianas de Acarajé (que é tradicionalmente feito pelas chamadas “baianas de tabuleiro”); o Jongo (dança de origem africana que chegou ao Brasil colônia com os negros trazidos como escravos para o trabalho forçado nas fazendas de café); o frevo e a feira de Caruaru, em Pernambuco, e a Viola-de-cocho (encontrada no Pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Recebe este nome porque é confeccionada em um tronco de madeira inteiriço esculpido no formato de um cocho).
Dentre os patrimônios imateriais já registrados, destacam-se a roda de capoeira e o frevo.
Roda de Capoeira: Mistura de dança e luta tem, entre suas origens, o período da escravidão. A capoeira desenvolveu-se como rito social e de solidariedade entre os escravos.
Frevo: A expressão artística do carnaval de Recife é uma forma musical, coreográfica e poética enraizada em Pernambuco. O gênero musical urbano surgiu no final do século XIX, no carnaval. As bandas militares e suas rivalidades, os escravos libertos, os capoeiristas, a nova classe operária e os novos espaços urbanos definiram a configuração do frevo caracterizado pelo jogo de braços e pernas e dança frenética. A manifestação artística desempenha importante papel na formação da música brasileira.
O Iphan, essencialmente, trabalha na preservação, divulgação e fiscalização dos bens culturais, bem como, também é de sua responsabilidade, assegurar o uso e a permanência de tais bens tanto para a atual quanto para as futuras gerações.
Conforme destaca Caldana (2021), “o Iphan é fruto de um momento em que havia um projeto de país e foi um dos instrumentos mais importantes e eficientes para que esse projeto se consolidasse. Está, portanto, absolutamente ligado à nossa possibilidade de existência como país, à construção de nossa identidade”.
Para Carvalho (2021), o trabalho do órgão é “fundamental para a construção de uma consciência maior e uma intelectualidade mais abrangente”.
O Iphan também responde pela conservação, salvaguarda e monitoramento dos bens culturais brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial e na Lista o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, conforme convenções da Unesco, respectivamente, a Convenção do Patrimônio Mundial, de 1972, e a Convenção do Patrimônio Cultural Imaterial, de 2003.
Essas informações ajudarão a compreender o esforço empreendido por um grupo de pessoas envolvidas com a possibilidade de se registrar as técnicas manuais de processamento do jatobá como patrimônio cultural imaterial brasileiro, uma vez que o uso desse fruto é comum entre os povos indígenas e as comunidades tradicionais. Esse assunto, no entanto, será tema do próximo texto.
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Cidades
Prefeitura de Adamantina nomeia Comissão Organizadora da ExpoVerde 2024
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20 horas agoon
16 de maio de 2024Por
AdamantinaNET
32ª edição da Feira do Verde e Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Adamantina acontecerá de 03 a 08 de setembro
A Prefeitura de Adamantina publicou o decreto nº 6.948 de 16 de maio de 2024 que dispõe sobre a constituição da Comissão Organizadora da ExpoVerde 2024 – 32ª edição da Feira do Verde e Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Adamantina, sobre a presidência do secretário de gabinete e de saúde, Gustavo Taniguchi Rufino.
Integram ainda a comissão como vice-presidente Luciana Pereira, secretária de Desenvolvimento Econômico, coordenador geral, Thiago Ribeiro Benetão,secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente (SAAMA), e na estrutura e montagem, Rodrigo Toshiaki Shioda.
O coordenador de cultura e inovação será Sérgio Vanderlei da Silva, secretário de Cultura e Turismo.
A Comissão Organizadora da ExpoVerde 2024, terá ainda como primeiro tesoureiro o secretário de Fiscalização e Arrecadação Tributária, Gilmar Bosso, segundo tesoureiro Luiz Antônio Furtado, secretária geral Claudia Puerta Mariano, primeira secretária Camila Moralles Cornacini, segundo secretário Rodrigo Melim e assessoria jurídica Cláudia Bitencurte Campos.
O evento é realizado pela Prefeitura do Município de Adamantina, com apoio da Câmara Municipal e acontecerá de 03 a 08 de setembro.
A 32ª edição da Feira do Verde e Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Adamantina conta com a participação de empresários e expositores da cidade e região com entrada franca, todos os dias.
Cidades
Reunião técnica discute instalação de dispositivos na duplicação da SP-294
Published
21 horas agoon
16 de maio de 2024Por
AdamantinaNET
De acordo com a equipe técnica da EIXO-SP, o pedido de Adamantina para manutenção do trevo na SP-294 km596 +200 é viável tecnicamente
Adamantina sediou na manhã de hoje (16), uma reunião para discutir a instalação de dispositivos na duplicação da SP-294.
O encontro contou com a presença do secretário de estado de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, do prefeito Márcio Cardim, prefeitos e representantes das cidades de Osvaldo Cruz, Pracinha, Lucélia, Mariapólis, Flórida Paulista, Pacaembu e Inúbia Paulista. Além das equipes técnicas da EIXO-SP e ARTESP.
De acordo com a equipe técnica da EIXO-SP, o pedido de Adamantina para manutenção do trevo na SP-294 km596 +200 é viável tecnicamente. Está previsto ainda uma passarela no km 591 mais 390 metros e outra no km 592 mais 712 metros.
Uma passarela irá ligar os bairros Parque do Sol e Vila Jamil de Lima e a outra irá ligar a rua Quintino Bocaiúva com a Carlos Pegoraro, proximidades do Bairro Itamaraty.
Além disso, foram solicitadas alças de acesso no distrito industrial Valentim Gatti, e na área industrial Sr. Otávio Gavassi.
“O principal anseio que tínhamos era com relação ao trevo da Lagoa Seca que com a nossa requisição será reformulado, mas mantido no mesmo local. Com isso, hoje, tivemos um desfecho positivo. Agradecemos ao secretário Rafael Benini e as equipes técnicas da EIXO-SP e ARTESP que entenderam a importância da manutenção do trevo no local em que está hoje”, afirma o prefeito Márcio Cardim.
Ainda no encontro, foram ouvidas e debatidas as demandas apresentadas pelos demais municípios.
Cidades
Alunos da EE Helen Keller realizam plantio de árvores nativas no Parque Caldeira
Published
22 horas agoon
16 de maio de 2024Por
AdamantinaNETNo último dia 14 (terça-feira), os alunos da EE Helen Keller, acompanhados pelos Professores Tiago Rafael e Magali Tavone, além dos funcionários da Secretaria de Abastecimento, Agricultura e Meio Ambiente (SAAMA), deram continuidade ao projeto de Educação Ambiental nas áreas abrangidas pelo Parque Caldeira.
Na oportunidade, foram realizados o plantio de cerca de 30 árvores nativas nas margens do Córrego. Dentre as espécies utilizadas, destacam-se: Tipuana, paineira, pau-rei, acácia-rosa etc.
O funcionário Rodrigo Shioda, inicialmente explanou para os alunos sobre o manejo das mudas, suas características, bem como o correto procedimento e espaçamento para o plantio.
Para Rodrigo, “as mudas plantadas serão importantes na contenção do solo que margeia o Córrego Caldeira, além de contribuírem com a fauna local (pássaros e polinizadores), bem como o embelezamento e conforto ambiental do próprio parque.”
Os Professores Tiago e Magali, também ressaltam que o trabalho de conscientização ambiental realizado com os alunos, pauta-se como algo extremamente necessário em meio ao atual cenário de “emergência climática”. “Esperamos que a população possa contribuir com o trabalho maravilhoso que os nossos alunos fizeram.”
ARTIGO: Santa Casa, FAl e Poder Judiciário
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