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Valor da cesta básica quase empata com salário mínimo

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O galope da inflação nos últimos meses tornou cada vez mais difícil o sustento básico da população mais pobre. Em julho, o valor da cesta básica na capital paulista para uma família de quatro pessoas quase empatou com o salário mínimo. O quadro é preocupante porque a cesta básica inclui gastos apenas para compra de 39 produtos, entre alimentos e itens de higiene pessoal e limpeza doméstica. Ficam de fora itens tão importantes quanto a alimentação, como despesas com moradia, transporte e medicamentos, por exemplo.

Levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que em julho o custo da cesta básica paulistana chegou a R$ 1.064,79. A alta foi de 0,44% em relação a junho, de 5,65% no ano e de 22,18% em 12 meses. Em 12 meses até julho, a inflação oficial medida pelo IPCA avançou 8,99%.

No entanto, o que mais chama a atenção na pesquisa é que o valor da cesta de julho quase encostou no salário mínimo de R$ 1,1 mil A diferença de R$ 35,21 entre o custo da cesta básica e do salário mínimo é a menor desde dezembro do ano passado (R$ 37,11). Com o “troco” dá para fazer muito pouco. É insuficiente, por exemplo, para levar para casa um quilo de carne de segunda. No mês passado, a produto era encontrado no varejo paulistano pelo preço mínimo de R$ 36,10.

“O quadro é grave. Estamos chegando ao patamar do ‘elas por elas’, com os gastos com alimentação, higiene e limpeza empatando com o salário mínimo”, afirma Marcus Vinicius Pujol, diretor da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, responsável pela pesquisa.

Ele diz que o que atenuou a situação foi o auxílio emergencial do governo federal e os programas estaduais de distribuição de renda. Segundo ele, porém, nenhum desses atenuantes reduzem a gravidade da situação, argumenta. Ele ressalta que o desemprego em alta agrava o estrago provocado pelo aumento da inflação.

Essa também é a avaliação do coordenador de índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. “O desemprego piora o impacto da inflação no orçamento”, afirma. Uma coisa, diz ele, é ter dinheiro e os produtos e serviços irem ficando mais caros. “As famílias vão dando um jeito, compram menos, trocam de produto.” Outra coisa é quando não se tem dinheiro e os produtos encarecem, argumenta. “Nesse caso, a sensação de que a inflação é muito maior é flagrante, é uma situação de impotência.”

Enquanto a comida em geral acumula alta na faixa de 12% em 12 meses, os preços dos alimentos essenciais da cesta básica subiram cerca de 25%, observa Braz. Ele lembra que a expectativa era de que os preços dos alimentos recuassem um pouco mais rápido. No entanto, isso não ocorreu por causa dos problemas climáticos: falta de chuvas e geadas que castigaram as safras de vários produtos.

Na avaliação do economista da FGV, esse quadro da inflação pode se agravar ainda mais com a crise hídrica castigando a produção. Pujol, do Procon-SP, faz uma avaliação semelhante. A perspectiva, diz ele, é que a cesta básica continue pressionada nos próximos meses. “Acredito que o cenário se agrave”, afirma o diretor. Problemas climáticos, como seca e geadas que afetaram as safras de vários produtos nas últimas semanas, devem ter impactos nos preços da comida e a volta à normalidade deve demorar, diz.

A pesquisa coleta preços em 40 supermercados da capital e elabora uma cesta com as menores cotações encontradas de cada item. “É a cesta mais barata dentro do universo que pesquisamos ” Essa cesta “ideal” em termos de custos, na maioria das vezes, acaba sendo inviável para o cidadão comum porque requer uma grande pesquisa de preços.

No mês passado, os vilões da cesta básica paulistana foram a carne de primeira, o café em pó, o frango resfriado inteiro, o leite de caixinha e o pão francês. De 39 itens pesquisados, mais da metade (21) teve aumento de preço.

Promoções

Buscar promoções tem sido uma das saídas usadas por Irany Santos, de 45 anos, mãe de três filhos, para colocar comida na mesa. A renda da família é de cerca de R$ 1,8 mil e está cada vez mais apertada. “A carne vermelha é um absurdo”, conta Irany, que acaba de conseguir um emprego como doméstica.

No passado, quando a inflação era baixa, ela lembra que chegava a comprar peças inteiras. Agora, carne é só uma vez na semana, de segunda e na quantidade exata. A família está também consumindo mais ovo e frango. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Comissão Organizadora estende Jogos Universitários 2024 até 6 de maio

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A fim de ajustar o calendário de partidas entre as equipes inscritas, a Comissão Organizadora dos Jogos Universitários 2024 do Centro Universitário de Adamantina comunica que o evento esportivo será prorrogado até a próxima segunda-feira, 6 de maio, nas dependências do Câmpus III (Av. Marechal Castelo Branco, 660). As aulas serão retomadas dia 7.

“Os jogos serão estendidos até dia 6 para suprir as disputas. Este ano teve aumento de cadastro de delegações e um número maior de atletas participantes, além da adição de modalidades, como é o caso dos jogos eletrônicos”, explica a Prof.ª Dra. Liliana Martos Nicoletti Tóffoli, presidente da Comissão Organizadora.

Organizados pela Pró-reitoria de Extensão (PROEXT), com parceria das atléticas dos cursos, os Jogos Universitários contam com modalidades individuais e coletivas, divididas nas categorias masculino e feminino, de futebol society; futsal; handebol; voleibol; basquete; tênis de mesa; natação – individual, revezamento; atletismo 100 metros, 400 metros, 1.200 metros, arremesso de peso, salto em distância, revezamento 4×100 metros; jiu-jítsu; damas; xadrez; jogos eletrônicos; e corrida de rua (realizada no domingo).

Algumas partidas são transmitidas ao vivo pelo canal no Youtube da @unifaiadamantina, a partir das 19h30.

 

 

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Rumo a Paris: adamantinense Izabela Rodrigues obtém o índice olímpico no lançamento do disco

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A adamantinense Izabela Rodrigues da Silva (IEMA-SP) obteve o índice olímpico no lançamento do disco, com 64,66 m, também sua melhor marca pessoal, na etapa de Xangai da Diamond League, o nobre circuito de meetings da World Athletics, neste sábado (27/4), no Suzhou Olympic Sports Centre, Suzhou, na China. O índice olímpico fixado pela World Athletics no lançamento do disco é de 64,50 m. 

Segundo divulgou neste sabado a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Izabela ficou em quarto lugar na competição. A norte-americana Valerie Allman foi a primeira colocada no lançamento do disco (69,86 m), seguida pela chinesa Feng Bin (67,11 m) e pela cubana Yaimé Pérez (65,59 m).

O prazo de qualificação para os Jogos de Paris-2024 no atletismo termina no dia 30 de junho. Os atletas têm de obter os índices (marcas mínimas estabelecidas) ou buscar pontos no Ranking Mundial e entrar nas cotas (número de vagas fixadas para cada prova).

Nascida em Adamantina, Izabela tem 28 anos e lançou acima de 64 metros pela primeira vez na carreira. Foi campeã do lançamento do disco nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, em 2023, quando teve um ano bem consistente – terminou com as sete melhores marcas na especialidade no Ranking Sul-Americano. Fechou a temporada dizendo que sonhava com sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.


Em Tóquio-2021, foi a primeira brasileira a disputar uma final olímpica no disco, terminando em 11º lugar. Quer repetir a façanha em Paris, onde o atletismo será disputado de 1 a 11 de agosto. “Desde o início da temporada, o objetivo é aproveitar ao máximo todas as competições e os treinos para tentar melhorar o resultado”, lembrou Izabela, que tinha 63,04 m como recorde pessoal. “Meu plano é buscar novamente a final olímpica, que inclusive será no dia do meu aniversário, assim como em Tóquio, no dia 2 de agosto. Com certeza, ir à final seria o meu maior presente e uma honra”, comentou a atleta.

Izabela começou no atletismo aos 11 anos, numa escola Adamantina, nas aulas de educação física. De 14 para 15 anos se destacou em competições e mudou para São Paulo. Izabela é treinada em São Caetano do Sul (SP) por João Paulo Alves da Cunha desde 2014 – ano em que ganhou a medalha de ouro no Campeonato Mundial Sub-20 de Eugene, Oregon, Estados Unidos. “Estamos trabalhando juntos de uma forma contínua e construindo sonhos”, afirmou.


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Curso de Agronomia do Centro Universitário realiza visita técnica à Treviolo Café e Cafeicultura Eldorado

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Fazendo parte das atividades de recepção dos calouros de Agronomia do ano de 2024 do Centro Universitário de Adamantina, a coordenação do curso, com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino, realizou uma visita técnica com os alunos do 1º termo do curso no dia 9 de março à Treviolo Café e Cafeicultura Eldorado, no Bairro do Pavão, município de Adamantina. A atividade foi acompanhada pelo coordenador do curso Prof. Dr. José Carlos Cavichioli.

Na propriedade, os alunos foram recepcionados pelo Engenheiro Agrônomo João Paulo Figueiredo, que falou da utilização do café robusta na preparação do blend do café espresso, da dificuldade de obtenção deste tipo de café no mercado brasileiro e apresentou algumas amostras dos dois tipos de café, destacando as principais diferenças entre estas espécies. João explicou aos alunos o processo de armazenamento dos grãos e apresentou os silos da empresa, assim como os cuidados a serem observados para manter a qualidade do café.

Na apresentação do engenheiro agrônomo, foi destacada a importância de se manter um padrão de qualidade do campo ao processamento, citando que este café sempre chega em formato de grãos aos clientes e que o produto é moído na hora da extração do expresso. Falou ainda sobre o preparo do blend, onde os grãos devem ser colhidos, secados e beneficiados no estágio certo de maturação, concentrando assim acidez, sacarose, óleos, aromas e sabores na medida certa. Para chegar a ele, mais de 40 variedades de café originárias de diversas regiões produtoras foram selecionadas.

Na oportunidade, os alunos ingressantes puderam ter uma ampla visão da profissão que escolheram, participando das etapas do planejamento, tratos culturais, colheita, pós-colheita e industrialização. Sobre a etapa da torra, foi destacado pelo técnico a importância de transformar o café em uma bebida de boa qualidade, ou seja, uma bebida encorpada, doce, de cor caramelo e que deva ser apreciada por qualquer bebedor de café. Para que isso ocorra, devem ser observados o tempo de torra e a temperatura.

Após a visita da indústria, os alunos puderam conhecer o cultivo do café robusta no campo, oportunidade em que foi explicado pelo engenheiro agrônomo os tratos culturais necessários para a condução deste café nas condições da Alta Paulista. Foram abordados ainda aspectos sobre a produção de mudas do café robusta para uso próprio e distribuição a produtores interessados em iniciar o cultivo desta espécie. Atualmente, a Cafeicultura Eldorado produz mudas adequadas para a condições climáticas da região da Alta Paulista e fornece para produtores de diversos municípios.

A coordenação do curso de Agronomia agradece à empresa pela oportunidade que foi dada aos alunos ingressantes para conhecer a cadeia produtiva do café robusta, desde o seu cultivo no campo, passando pela limpeza e torra até o empacotamento. Desta forma, procura-se aliar os conceitos teóricos com a aplicação prática para formação do futuro profissional da Agronomia.

 

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