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Agricultores temem perdas com previsão de geada e frio histórico

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A massa polar histórica que chega ao Brasil nesta semana deixa em alerta produtores das regiões Sul e Sudeste, que já registraram prejuízo após uma geada repentina na semana passada.

Embora agricultores gaúchos e paranaenses cultivem culturas específicas para o frio, como trigo e cevada, o efeito de -10ºC, como previsto pela meteorologia, pode ser devastador.

A tendência é de geada no centro-sul do país e de temperaturas que podem cair até -20ºC em áreas de maior amplitude no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, de acordo com boletim da Metsul Meteorologia emitido no sábado (24). Na avaliação de técnicos, pode ser uma das massas de ar polar mais fortes a alcançar o Brasil no século.

O agricultor Laércio Dalla Vecchia, de Mangueirinha (PR), plantou 200 hectares neste inverno. Há uma semana, o termômetro da lavoura marcou -9,5ºC no solo. A temperatura congelou parte da produção de aveia. Com previsão de mais frio, ele teme perdas com os outros alimentos.

“O trigo, quando está pequeno, aguenta geada. Mas -10ºC é capaz de matar tudo. A cevada também não resiste a um frio extremo desse”, afirma.

Com o inverno rigoroso no Rio Grande do Sul, produtores de regiões mais frias postergam o plantio de trigo para que o cereal ainda esteja em fase vegetativa em julho, o que diminui o risco de danificação.

Para o produtor Maurício de Bortoli, de Cruz Alta (RS), a geada e o frio intenso do mês de julho não representam uma grande preocupação para os cultivos de inverno. O receio é se novas ondas de frio invadirem o estado em agosto e setembro, como previsto, quando a maioria dos cereais estará em floração ou enchimento dos grãos.

“A preocupação é grande na cidade, em termos de prejuízo econômico e alimentar, mas não há prejuízo relevante nesta época para as grandes culturas [na lavoura]. Após o mês de julho poderemos perder, além do trigo, a cultura do milho, por exemplo” afirma.

A estimativa para a safra de trigo do Brasil é recorde neste ano, totalizando 8,48 milhões de toneladas, 36% a mais do que no ciclo anterior, de acordo com a Conab (Companhia Nacional do Abastecimento). A geada impactou pequena parcela da área cultivada.

O cenário do café, entretanto, preocupa e gera incerteza sobre a próxima safra. A estimativa é que a geada tenha atingido 300 cidades produtoras do país. Em São Paulo e Minas Gerais, maior produtor nacional, a perda foi relevante e logo fez disparar os preços no mercado.

A projeção de prejuízo é de 15% da produção em regiões como Franca (SP), segundo a Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo).

“A geada está preocupando. A última não foi tão danosa em São Paulo quanto em Minas Gerais, mas vai impactar até a produção de gado de leite e corte, porque afetou 40% das pastagens de São Paulo”, afirma Tirso Meirelles, vice-presidente da entidade.

A alimentação do gado comprometida impacta nos custos ao produtor, considerados já elevados neste ano com a alta do milho. No caso do café, Meirelles diz que é preciso levar em conta na recuperação que um hectare produtivo custa de R$ 18 mil a R$ 20 mil.

Na região mineira de Patrocínio, produtores estimam desfalque de 50% na produção local. O cafeicultor Matheus Grossi afirma que 40% do seu parque cafeeiro foi afetado na semana passada. Ele calcula 40 mil sacas a menos na safra de 2022 graças à geada, a pior que presenciou desde 1994.

“Pegou todas as lavouras, velhas e novas. Algumas vamos ter que arrancar, com outras é só manejo de poda.” Apesar da técnica agrícola, produtores afirmam que pouco se pode fazer contra geadas fortes e inesperadas do tipo.

A Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais) está realizando um levantamento com sindicatos e produtores para mensurar o impacto do fenômeno na atividade agrícola. Embora a previsão seja de geada mais forte no Sul, há possibilidade de um novo evento em Minas Gerais no fim do mês. Produtores também estão preocupados com a entrega de café já estabelecida com as cooperativas.

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ARTIGO: Santa Casa, FAl e Poder Judiciário

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Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35.079/SP.)

No dia 9 de setembro de 2003, publiquei, no jornal Diário do Oeste, o texto Um pouco da história da Santa Casa, onde contava a história da entidade, da sua idealização à intervenção municipal ocorrida no início daquele mês. Recordemos alguns trechos do antigo escrito. A Santa Casa foi fundada no dia 1 outubro de 1952 por um grupo de pessoas preocupadas com a saúde da população. Em 1953, esse grupo enviou à Câmara Municipal, por intermédio do vereador Antônio Andrade, proposta de criar um imposto de Cr$ 2,00 por pé de café, para começar a obra. A justificativa para o imposto era o fato da população rural ser o dobro da urbana.

Os cafeicultores não concordaram com a proposta, e o mesmo vereador apresentou um projeto de lei criando um adicional de 10% sobre os impostos municipais, cuja arrecadação seria transferida para a Santa Casa. Consultados, os adamantinenses aprovaram o novo tributo, e assim nasceu a Lei Municipal 238/53. Em outubro de 1957, o prédio foi concluído e o Governo do Estado enviou os equipamentos para a Santa Casa funcionar. Faltava contratar o pessoal administrativo. Depois de muita insistência da Irmandade da Santa Casa (formada pelos seus idealizadores), o Bispo da Diocese de Marilia, Dom Hugo Bressane de Araújo, designou uma equipe de freiras da Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus para administrar a casa de saúde.

Em 7 de dezembro de 1957, finalmente aconteceu a inauguração da Santa Casa, com as irmãs missionarias assumindo a administração da entidade. Todas tinham curso superior nas áreas que atuariam e nada receberiam por seus serviços. Havia ainda um compromisso assumido pela Irmandade em 1953 que impedia o nepotismo e a politicagem na Santa Casa. O adicional de 10%, destinado à construção do prédio, pela Lei Municipal 210/61, passaria a ser permanente. Convênios com os governos estadual e federal, e muito controle e austeridade complementavam o orçamento. O banco de sangue dava lucro. O raio x também. O paciente que tinha condições de pagar pagava, quem não tinha não pagava, e o tratamento era igual para todos.

Tudo era feito em parceria entre as freiras e a irmandade, sob a supervisão do diretor clínico e do provedor. Mas, como nada é perfeito neste mundo, de vez em quando surgiam pequenas crises. Certa feita, algumas “pessoas” que queriam tirar proveito do empreendimento fizeram um grande movimento para desestabilizar um ex-provedor, chegando a ameaçá-lo de morte. Por sorte, essa tentativa de boicote foi superada sem maiores infortúnios e a Santa Casa seguiu o rumo traçado pelos valorosos pioneiros até 22 de outubro de 1988, quando o contrato com a Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus foi rompido.

Com o fim do contrato, o compromisso assumido pela irmandade da Santa Casa em 1953 deixou de ser cumprido. O nepotismo e a politicagem começaram a fazer história. E, ao que parece, o resultado disso foi o início da decadência que culminou na intervenção feita em 5 de setembro de 2003. Aqui encerro a narrativa extraída do texto Um pouco da história da Santa Casa. Entretanto, do longínquo ano de 2003 aos dias atuais, muita água passou debaixo da ponte. Vejamos.

Com o decorrer do tempo, as dificuldades na Santa Casa só aumentariam. Ocorreriam outras intervenções do poder público municipal e seriam realizadas algumas campanhas filantrópicas para evitar que a instituição fosse fechada. Para piorar, em 2011, por ser inconstitucional (como este humilde articulista já havia afirmado no texto Praças, Santa Casa e cinema, também publicado em 2003), foi revogada a Lei Municipal 210/61 que garantia a destinação do adicional de 10% dos impostos municipais à casa de saúde. Felizmente, novos personagens se tornariam protagonistas na luta contra o fechamento da Santa Casa e por uma saúde pública de qualidade em Adamantina.

Em janeiro de 2018, após grande esforço de autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público locais, a Santa Casa passou a ser administrada pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. A gestão dos freis franciscanos melhorou/humanizou o atendimento à população e isso fez com que em janeiro de 2022 a Santa Casa fosse incorporada definitivamente à Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. Com a incorporação, a entidade passou a ser denominada Santa Casa de Misericórdia de Adamantina na Providência de Deus.

Sempre lembrando que em 2015, enquanto a Santa Casa passava por uma das suas maiores crises financeiras, a FAl conquistava o curso de medicina. Isso gerou a expectativa de que em quatros anos a saúde pública mudaria da água para o vinho em Adamantina. Afinal de contas, o Internato Médico, obrigatório no curso de medicina, seria iniciado em janeiro de 2020 e iria ser um divisor de águas na saúde pública na cidade. No entanto, o internato foi para Araçatuba. Em seguida, para São Carlos.

No final de 2023, o Poder Judiciário, em Adamantina, julgou procedente Ação Civil Pública, proposta pelo MPSP, e proibiu a renovação do Termo de Colaboração para Internato Médico, assinado entre a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e a FAI. A instituição recorreu da decisão e o caso tramita na justiça. Vale dizer que a FAl é uma autarquia municipal, criada em 1968, cuja mantenedora é a prefeitura de Adamantina. Traduzindo. Se um dia algo der errado com a instituição, o dinheiro para arcar com o prejuízo sairá dos cofres municipais, ou seja, do bolso dos adamantinenses.

Para encerrar, gostaria de fazer algumas perguntas à população da Cidade Joia. A Santa Casa e as unidades de saúde do município, mesmo com os grandes investimentos em infraestrutura dos últimos anos, não estão prontas para receber o Internato Médico? É justo a autarquia de uma cidade (que nasceu graças aos impostos pagos pelo povo desta cidade), investir na saúde da população de outra cidade? Por que o silêncio da mídia e dos pré-candidatos ao cargo de prefeito em torno de assunto tão importante? Existe alguma pressão corporativa impedindo que a discussão avance na sociedade adamantinense?

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Ônibus que transportava trabalhadores rurais tomba em Paranapanema

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Um ônibus que transportava trabalhadores rurais tombou na Estrada Rio Boi Branco do distrito Campos de Holambra, em Paranapanema (SP), na madrugada desta terça-feira (14).

Conforme uma das passageiras do ônibus, algumas pessoas foram socorridas e levadas até a UBS mais próxima pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outras foram levadas por motoristas que passavam pelo local e viram o veículo tombado.

De acordo com os Bombeiros, uma equipe chegou a ser acionada, mas a solicitação foi cancelada após o Samu adiantar o resgate.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) também informou que o acidente aconteceu pois o motorista perdeu o controle da direção enquanto dirigia pela pista molhada. O ônibus transportava 42 passageiros, dos quais 14 se feriram.

Segundo os responsáveis pela UBS Onofre Leme de Almeida, ao menos 12 pessoas foram atendidas com ferimentos leves e outras duas precisaram ser transferidas devido a gravidade dos ferimentos para realizarem raio X.

O caso foi registrado como lesão corporal pela Delegacia de Paranapanema.

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Jovem morre em batida na estrada que liga Dumont a Ribeirão Preto

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Um jovem de 24 anos morreu em um acidente na tarde desta quarta-feira (15) na Rodovia Mário Donegá, entre Dumont (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o motorista do carro seguia no sentido Ribeirão-Dumont, quando teria invadido a pista contrária e batido de frente com o caminhão.

Com o impacto, o motorista foi projetado para fora do carro. De acordo com a polícia, a hipótese é que ele não usava o cinto de segurança no momento da batida. O caminhão só parou ao bater na defensa metálica.

O trecho é de pista simples e, de acordo com a polícia rodoviária, não é permitido ultrapassagem no local.

A perícia deve apontar as causas do acidente.

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