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Tecnologia do agronegócio de SP garante variedades de milho de alta qualidade

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Curau, pipoca, pamonha, cuscuz, canjica, bolo, diversos quitutes típicos que enchem os olhos e a boca d’água nas festas juninas paulista têm origem no milho, produzido em São Paulo com alta qualidade. Em 2019, o Estado produziu 5.189.573,69 toneladas do item em uma área de 889.351,49 hectares, sendo cerca de 134, 2 mil toneladas de milho verde e 2.452 toneladas de milho pipoca.

Foram ainda colhidos 2 milhões de toneladas de milho e 2 milhões de toneladas de milho safrinha, além de pouco mais de 435 mil toneladas de milho irrigado. Entre as principais regiões produtoras destacam-se Itapetininga, São João da Boa Vista, Sorocaba, Itapeva, Avaré, Assis e Ourinhos, de acordo com informações do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.

No ano passado, as exportações de 42.752.103 toneladas de milho em grão totalizaram US$ 7,2 milhões, tendo como principal destino Japão, Irã, Vietnã, Coreia do Sul e Egito.

Para garantir grãos de excelente qualidade, as pesquisas conduzidas pelos institutos de pesquisa da Secretaria consideram fatores como rendimento e produtividade. No período junino, a estrela gastronômica são os milhos especiais, abrangendo os milhos pipoca, canjica branco e amarelo, e o milho verde.

Híbridos

Entre as cultivares de milhos especiais do Instituto Agronômico (IAC) desenvolvidas pelo pesquisador Eduardo Sawazaki, destacam-se os híbridos de milho pipoca IAC 125 de alta produção de sementes e menor custo das sementes, IAC 367 de alta capacidade de expansão da pipoca e o IAC 98 de alta produtividade.

“Para se obter maior rendimento de pipoca estourada, é importante que os grãos estejam perfeitos sem trincas, danos mecânicos, ataque de pragas e fungos, e com o teor de umidade em torno de 13,5% a 14%”, explica o pesquisador.

Para a canjica amarela, matéria-prima importante para a produção de pipoca de milho e a canjiquinha, que é muito utilizada na culinária brasileira, destaca-se o híbrido IAC 3330, com grãos duros de cor laranja forte e maior teor de caroteno, que é precursor da vitamina A e traz muitos benefícios à saúde.  “Além de maior rendimento de canjica, o IAC 3330 tem maior teor de óleo nos grãos, o que favorece a indústria, onde o óleo de milho é um subproduto de alto valor”, afirma Sawazaki.

Para o milho colhido no estágio verde, que é utilizado para consumo direto ou para confecção de bolos, curais, pamonhas e sucos, destaca-se o híbrido IAC 8053, que alia produtividade com alta qualidade das espigas para o milho verde, podendo também ser utilizado para produção de silagem e grãos.

Altamente perecível, o milho verde deve apresentar grãos dentados amarelos, bem empalhados, maior janela de colheita, tempo de prateleira, casca fina, soltar fácil os cabelos da espiga e sabor adocicado dos grãos. Para maior conservação das espigas de milho verde, é importante a refrigeração (7º C) e o uso de embalagens herméticas.

“Todos os híbridos de milho desenvolvidos pelo IAC estão disponíveis para as empresas privadas produtoras de sementes de milho que queiram fazer produção em parceria ou licenciá-los”, destaca o pesquisador.

Variedades

Para quem quer produzir ou prover a alimentação animal, São Paulo garante as melhores sementes de milho via Secretaria de Agricultura. Há mais de 30 anos, percebendo a necessidade de o produtor paulista adquirir sementes com baixo custo de produção e sem maiores investimentos em defensivos e correção de solo como as híbridas, a pasta passou a fazer testes de melhoramento para obtenção de sementes de milho variedade. Mais rústicas, são adaptadas a qualquer tipo de solo, inclusive mais pobres, sem correção e/ou recém-abertos, e que não requerem, principalmente de pequenos e médios produtores, maiores gastos de produção.

“As empresas privadas já atendem ao mercado de híbridos e transgênicos, a extensão rural precisava oferecer uma semente fácil de ser produzida e a qual o produtor pudesse replicar, sementes ditas ‘crioulas’”, explica Gerson Cazentini Filho, diretor do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM) da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS).

Com a evolução das seleções AL, produzidas na Fazenda Ataliba Leonel, em Manduri, as sementes passaram a ser batizadas por nomes: AL-Avaré, carro-chefe atual e a mais vendida, sendo destinada à produção de grãos e ração; a AL-Piratininga, destinada à produção de silagem por sua boa palatabilidade e considerável volume; a CatiVerde, própria para uso humano, com maior durabilidade e usada em preparações culinárias, em especial nesta época de festas juninas; o AL-Bianco, outra bastante lembrada em festas juninas por produzir o milho para canjica e farinha branca; e a Al-Paraguaçu, a primeira semente orgânica produzida e disponibilizada pela Secretaria de Agricultura.

A AL-Paraguaçú, inclusive, recebeu nesta semana, a certificação do IBD ─ Associação de Certificação Instituto Biodinâmico, motivo de muito orgulho para São Paulo, por produzir a primeira semente de milho totalmente orgânica.

“Já há algum tempo temos a preocupação com a redução no uso de defensivos e adotamos a terra diatomácea no armazenamento das sementes produzidas pela Secretaria de Agricultura. O produto é totalmente natural, assim tiramos todo e qualquer uso de defensivos, para todas as sementes (milho e outras de cultivo orgânico e tradicional) e a conservação é muito boa, oferece excelentes resultados”, confirma Gerson Cazentini.

Os milhos variedade oferecidos têm apresentado de 94% a 95% de germinação em testes de laboratório. “A Secretaria é a única a atender diretamente o produtor com a venda de sementes, comercializadas dentro e fora do Estado de São Paulo ‒ com clientela em Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná ‒ e elas chegam até o Nordeste brasileiro, em Rondônia e outros estados via empresas multiplicadoras de sementes, que as compram para replicar e vender”, revela Cazentini.

Atualmente, o saco de 20 kg de sementes variedade sai ao custo de R$ 106,00, enquanto as sementes híbridas saem a R$ 300 até R$ 600 a mesma quantia. As sementes AL-Avaré e CatiVerde ainda são comercializadas em sacos de 5kg.

Qualidade e segurança

As diversas possibilidades de uso do milho são exploradas pela indústria de alimentos e bebidas com a contribuição de análise, assistência, pesquisa e desenvolvimento do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL).

A instituição atua com o milho verde em conserva até farinhas e flocos para diferentes formulações de sopas, sorvetes, iogurtes e cremes tipo curau, incluindo estudos sobre a produção de pamonhas com substituição da palha por embalagens flexíveis termorresistentes para armazenamento sob refrigeração e/ou congelamento, e a elaboração de suco de milho acondicionado em embalagens assépticas para armazenamento em temperatura ambiente.

Os derivados do milho são importantes ingredientes na evolução dos setores de biscoitos, panificação tradicional e sem glúten, barras de cereais, balas duras e mastigáveis, farofas temperadas, confeitos, pipocas, produtos aerados, produtos em pós (achocolatados) etc. Além da pesquisa e do desenvolvimento, são realizados testes experimentais, provas de conceito e caracterização e controle de qualidade de produtos e matérias-primas. Também são diversos os ensaios em busca da qualidade e da segurança do milho e seus derivados.

Alimento nutritivo e versátil

Junho é o mês das festas juninas e essa época coincide com a alta estação do milho verde, por isso ele e seus produtos são largamente consumidos e apreciados por pessoas de todas as idades, pois, além de saboroso, é versátil e nutritivo.

O milho verde é a matéria-prima principal de vários pratos da culinária típica brasileira, utilizado nas preparações salgadas como cuscuz, polenta, angu, cremes, sopas, pães, tortas, suflês, farofas, bolinhos, recheios de panquecas, pastéis, empadinhas ou rissoles. Também figura nas preparações doces sendo base para bolos, pipoca, pamonhas (doces e salgadas) e mingaus. Costuma ser simplesmente consumido em espiga, tanto cozido como assado, de fácil preparo torna-se um lanche bastante saudável.

De acordo com a nutricionista Sizele Rodrigues dos Santos, da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), ao contrário de muitos outros cereais, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras que atuam na prevenção de problemas gastrointestinais, obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes.

Outro ponto positivo é que o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas e vitaminas do complexo B (B1 e B5), além de conter vários minerais como ferro, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e zinco. A cor amarelada, presente em algumas variedades, provém do pigmento natural betacaroteno, que é um precursor da vitamina A, importante para a saúde dos olhos e com ação antioxidante.

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ARTIGO: Santa Casa, FAl e Poder Judiciário

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Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35.079/SP.)

No dia 9 de setembro de 2003, publiquei, no jornal Diário do Oeste, o texto Um pouco da história da Santa Casa, onde contava a história da entidade, da sua idealização à intervenção municipal ocorrida no início daquele mês. Recordemos alguns trechos do antigo escrito. A Santa Casa foi fundada no dia 1 outubro de 1952 por um grupo de pessoas preocupadas com a saúde da população. Em 1953, esse grupo enviou à Câmara Municipal, por intermédio do vereador Antônio Andrade, proposta de criar um imposto de Cr$ 2,00 por pé de café, para começar a obra. A justificativa para o imposto era o fato da população rural ser o dobro da urbana.

Os cafeicultores não concordaram com a proposta, e o mesmo vereador apresentou um projeto de lei criando um adicional de 10% sobre os impostos municipais, cuja arrecadação seria transferida para a Santa Casa. Consultados, os adamantinenses aprovaram o novo tributo, e assim nasceu a Lei Municipal 238/53. Em outubro de 1957, o prédio foi concluído e o Governo do Estado enviou os equipamentos para a Santa Casa funcionar. Faltava contratar o pessoal administrativo. Depois de muita insistência da Irmandade da Santa Casa (formada pelos seus idealizadores), o Bispo da Diocese de Marilia, Dom Hugo Bressane de Araújo, designou uma equipe de freiras da Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus para administrar a casa de saúde.

Em 7 de dezembro de 1957, finalmente aconteceu a inauguração da Santa Casa, com as irmãs missionarias assumindo a administração da entidade. Todas tinham curso superior nas áreas que atuariam e nada receberiam por seus serviços. Havia ainda um compromisso assumido pela Irmandade em 1953 que impedia o nepotismo e a politicagem na Santa Casa. O adicional de 10%, destinado à construção do prédio, pela Lei Municipal 210/61, passaria a ser permanente. Convênios com os governos estadual e federal, e muito controle e austeridade complementavam o orçamento. O banco de sangue dava lucro. O raio x também. O paciente que tinha condições de pagar pagava, quem não tinha não pagava, e o tratamento era igual para todos.

Tudo era feito em parceria entre as freiras e a irmandade, sob a supervisão do diretor clínico e do provedor. Mas, como nada é perfeito neste mundo, de vez em quando surgiam pequenas crises. Certa feita, algumas “pessoas” que queriam tirar proveito do empreendimento fizeram um grande movimento para desestabilizar um ex-provedor, chegando a ameaçá-lo de morte. Por sorte, essa tentativa de boicote foi superada sem maiores infortúnios e a Santa Casa seguiu o rumo traçado pelos valorosos pioneiros até 22 de outubro de 1988, quando o contrato com a Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus foi rompido.

Com o fim do contrato, o compromisso assumido pela irmandade da Santa Casa em 1953 deixou de ser cumprido. O nepotismo e a politicagem começaram a fazer história. E, ao que parece, o resultado disso foi o início da decadência que culminou na intervenção feita em 5 de setembro de 2003. Aqui encerro a narrativa extraída do texto Um pouco da história da Santa Casa. Entretanto, do longínquo ano de 2003 aos dias atuais, muita água passou debaixo da ponte. Vejamos.

Com o decorrer do tempo, as dificuldades na Santa Casa só aumentariam. Ocorreriam outras intervenções do poder público municipal e seriam realizadas algumas campanhas filantrópicas para evitar que a instituição fosse fechada. Para piorar, em 2011, por ser inconstitucional (como este humilde articulista já havia afirmado no texto Praças, Santa Casa e cinema, também publicado em 2003), foi revogada a Lei Municipal 210/61 que garantia a destinação do adicional de 10% dos impostos municipais à casa de saúde. Felizmente, novos personagens se tornariam protagonistas na luta contra o fechamento da Santa Casa e por uma saúde pública de qualidade em Adamantina.

Em janeiro de 2018, após grande esforço de autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público locais, a Santa Casa passou a ser administrada pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. A gestão dos freis franciscanos melhorou/humanizou o atendimento à população e isso fez com que em janeiro de 2022 a Santa Casa fosse incorporada definitivamente à Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. Com a incorporação, a entidade passou a ser denominada Santa Casa de Misericórdia de Adamantina na Providência de Deus.

Sempre lembrando que em 2015, enquanto a Santa Casa passava por uma das suas maiores crises financeiras, a FAl conquistava o curso de medicina. Isso gerou a expectativa de que em quatros anos a saúde pública mudaria da água para o vinho em Adamantina. Afinal de contas, o Internato Médico, obrigatório no curso de medicina, seria iniciado em janeiro de 2020 e iria ser um divisor de águas na saúde pública na cidade. No entanto, o internato foi para Araçatuba. Em seguida, para São Carlos.

No final de 2023, o Poder Judiciário, em Adamantina, julgou procedente Ação Civil Pública, proposta pelo MPSP, e proibiu a renovação do Termo de Colaboração para Internato Médico, assinado entre a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e a FAI. A instituição recorreu da decisão e o caso tramita na justiça. Vale dizer que a FAl é uma autarquia municipal, criada em 1968, cuja mantenedora é a prefeitura de Adamantina. Traduzindo. Se um dia algo der errado com a instituição, o dinheiro para arcar com o prejuízo sairá dos cofres municipais, ou seja, do bolso dos adamantinenses.

Para encerrar, gostaria de fazer algumas perguntas à população da Cidade Joia. A Santa Casa e as unidades de saúde do município, mesmo com os grandes investimentos em infraestrutura dos últimos anos, não estão prontas para receber o Internato Médico? É justo a autarquia de uma cidade (que nasceu graças aos impostos pagos pelo povo desta cidade), investir na saúde da população de outra cidade? Por que o silêncio da mídia e dos pré-candidatos ao cargo de prefeito em torno de assunto tão importante? Existe alguma pressão corporativa impedindo que a discussão avance na sociedade adamantinense?

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Ônibus que transportava trabalhadores rurais tomba em Paranapanema

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Um ônibus que transportava trabalhadores rurais tombou na Estrada Rio Boi Branco do distrito Campos de Holambra, em Paranapanema (SP), na madrugada desta terça-feira (14).

Conforme uma das passageiras do ônibus, algumas pessoas foram socorridas e levadas até a UBS mais próxima pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outras foram levadas por motoristas que passavam pelo local e viram o veículo tombado.

De acordo com os Bombeiros, uma equipe chegou a ser acionada, mas a solicitação foi cancelada após o Samu adiantar o resgate.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) também informou que o acidente aconteceu pois o motorista perdeu o controle da direção enquanto dirigia pela pista molhada. O ônibus transportava 42 passageiros, dos quais 14 se feriram.

Segundo os responsáveis pela UBS Onofre Leme de Almeida, ao menos 12 pessoas foram atendidas com ferimentos leves e outras duas precisaram ser transferidas devido a gravidade dos ferimentos para realizarem raio X.

O caso foi registrado como lesão corporal pela Delegacia de Paranapanema.

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Jovem morre em batida na estrada que liga Dumont a Ribeirão Preto

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Um jovem de 24 anos morreu em um acidente na tarde desta quarta-feira (15) na Rodovia Mário Donegá, entre Dumont (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o motorista do carro seguia no sentido Ribeirão-Dumont, quando teria invadido a pista contrária e batido de frente com o caminhão.

Com o impacto, o motorista foi projetado para fora do carro. De acordo com a polícia, a hipótese é que ele não usava o cinto de segurança no momento da batida. O caminhão só parou ao bater na defensa metálica.

O trecho é de pista simples e, de acordo com a polícia rodoviária, não é permitido ultrapassagem no local.

A perícia deve apontar as causas do acidente.

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