Uma breve análise sobre o aumento do número de gafanhotos provocado pelo aquecimento global
***
“Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come.”
Greenpeace
***
No último dia 9, enquanto navegava pelas redes sociais vi uma notícia que me chamou a atenção no site da BBC Brasil. O título da matéria trazia o seguinte dizer: “Como o aquecimento global vai espalhar uma ‘praga bíblica”[1]. Você deve estar se perguntando: Mas, qual praga bíblica? Os gafanhotos! Descrita no livro do Exôdo, 10:1-20.
Não é novidade alguma dizer que tais insetos assolam a humanidade a tempos. No entanto, nos dias atuais, diversos estudos apontados na matéria em questão, destacam que o aumento no números de algumas populações desses insetos são ocasionados pelas elevações de temperaturas dos últimos tempos.
O mais curioso é que tais gafanhotos realmente tem um potencial devastador nas plantações e podem se espalhar com uma rapidez incrível. Só para se ter ideia, eles chegam a voar cerca de 150 quilômetros por dia e podem ocupar áreas de milhares de quilômetros.
Mas, o que pode ser feito? O que “eu” posso fazer se os gafanhotos estão lá no Oriente Médio? Se há evidências de que as alterações climáticas dos últimos tempos são fatores que potencialmente aumentam essas populações, cabe a nós e as lideranças políticas, introduzir medidas que possam diminuir tudo isso. Ah… mais uma coisinha… Recentemente a cidade de Las Vegas e parte da Argentina, sofreram com o avanço do inseto, eles estão mais perto do que você imagina! E aqui cabe um breve parêntese, quando falamos do clima, “todos” somos responsáveis, o que é feito aqui, impacta em outro lugar e vice-versa.
Em outro texto que escrevi recentemente, comentei sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que versam sobre tais medidas, eles trazem 169 metas, onde “todos os países que integram a Organização das Nações Unidas” (ONU), se comprometem a cumpri-las. No entanto, cada um tem a sua parcela em meio a tal questão e outras que impactam da mesma forma.
Enfim, o que percebo é que, com medidas simples, a população também pode contribuir para um Desenvolvimento Sustentável[2]. Desde separar o lixo de sua casa, ir para o trabalho a pé ou de bicicleta, usar biocombustíveis, entre outras. Garanto e defendo que elas serão bem mais eficazes do que o famoso “rodízio de privada”, proposto recentemente por “alguém aí”.
Tiago Rafael dos Santos Alves
Professor, Historiador e Gestor Ambiental
Membro Correspondente da ACL
[email protected]