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Na corrida por vacina, Paraná terá acesso a estudos da Rússia

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Mais de cem pesquisas estão andamento pelo mundo para descobrir uma vacina contra a covid-19. A Organização Mundial da Saúde considera que seis estão em estágio mais avançado, mas há iniciativas em curso que estão fora do alcance do radar das Nações Unidas. Uma delas é a Sputnik V, a única vacina já registrada no mundo. Mesmo sem estudos divulgados, desperta interesse no Brasil, particularmente no estado do Paraná. Com 104 mil mortos, mais de 3 milhões de casos e sem sinais de recuo a curto prazo, o Brasil tornou-se um terreno fértil para a realização de testes com a imunização contra o novo coronavírus.

Ontem, o governo do Paraná assinou um memorando de entendimentos com a Rússia para a produção de uma vacina contra a doença. O diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, informou que a assinatura entre as partes se trata de um movimento inicial. “Este memorando vai balizar as ações futuras. Na segunda-feira se inicia a formação de uma força tarefa”, informou. O diretor-presidente pontuou que um decreto estadual oficializará a criação de uma força-tarefa e, após ser montada, essa equipe de especialistas poderá iniciar as tratativas técnicas com a correspondente russa. Entenda como será os próximos passos dessa parceria.

A falta de estudos apresentando dados sobre a vacina provoca desconfiança no meio científico. Mas, as autoridades russas consideram a crítica uma rixa competitiva de outros países. “Parece que nossos colegas estrangeiros estão vendo as vantagens competitivas específicas do medicamento russo e estão tentando expressar opiniões que, em nossa visão, são completamente sem fundamento”, disse o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, ontem. Conforme publicação da agência de notícias Reuters, o ministro informou que os primeiros pacotes da vacina estarão disponíveis ainda em agosto e destinados, primeiramente, aos médicos. O país planeja ter capacidade para produzir 5 milhões de doses por mês entre dezembro e janeiro.

Apesar dos planos russos, as comprovações ainda não chegaram às mãos dos brasileiros. Jorge Callado informou que questões relativas à segurança do produto só serão debatidas assim que os trabalhos começarem. “A força-tarefa que está sendo montada terá essa incumbência: juntamente com um grupo de pesquisadores da Rússia, fazer um intercâmbio dessas informações”, reforçou o diretor do Tec-Par.

Quando questionado sobre o motivo da escolha desta vacina e não de outra com resultados publicados, Callado destacou a importância dos institutos de ciência e tecnologia darem esse respaldo e se manterem abertos à pesquisa. “É um caminho bastante longo. Em outras conversas com a equipe da Rússia, vamos ver o atual estágio de validação da vacina, as reais comprovação da fase 1, fase 2 e a fase 3”, informou. “Vamos elaborar um protocolo de validação de pesquisa e, tendo aprovação, poderemos focar na análise da eficácia, segurança, eficiência dessa vacina no Brasil”, detalhou.

Entre os motivos que geram desconfiança no meio científico está o tempo que a vacina leva para ser testada. Em uma primeira fase, os testes são feitos em grupos pequenos, para certificar a segurança do imunizante. Na sequência, começam os testes para verificar se a vacina é eficaz na imunização. “Cada fase dessas demora alguns meses, porque é o tempo de o nosso sistema imune responder. Isso não tem como ser acelerado”, questionou o biólogo Atila Iamarino em vídeo publicado no Instagram sobre a vacina russa.

“O mais provável, no melhor dos cenários, é que eles tenha uma vacina promissora e só estão fazendo vários anúncios antes, mas os atrasos vão acabar acontecendo naturalmente e a vacina vai entrar em produção numa linha do tempo normal depois de mostrar os resultados. Numa linha do tempo ruim, isso é só uma promessa e não vai ter vacina nenhuma lá para frente. Espero que a gente esteja na primeira, mas ainda assim a coisa demora”, especula Iamarino.

Distribuição nacional
Apesar das negociações realizadas pelos estados para a obtenção da vacina, o governo federal garante não haver risco de começar uma disputa na Federação para dar início à imunização contra a covid-19. O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti Neto, assegurou que a distribuição será feita a nível nacional. “O critério não é o estado X, Y, Z. É quem precisa mais, quem tem mais risco e aí se faz uma priorização. O objetivo, é claro: levar a todos. Precisa ser feito com a estratégia, todo um estudo, com uma inteligência por trás de como fazer isso chegar a população na ponta, de forma mais útil, eficaz e benéfica”, esclareceu Angotti.

Mesmo com expectativas mais otimistas em relação a outras candidatas que já iniciaram a fase 3 de testes no Brasil, outras negociações não estão descartadas. “Nada impede que, mesmo tudo ocorrendo bem com a AstaZeneca, em paralelo, possa ser feito um acordo com uma outra vacina de um outro produtor. O foco é salvar vidas, é simples assim. Você tem três, quatro, 15 opções de vacina e se essas 15 ajudarem o nosso povo, o governo vai atrás”, afirmou o secretário.

Em conversa com o Correio, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse ser positivo o movimento de estados nas busca por parcerias. “Vejo com bons olhos os governos estaduais estarem buscando soluções porque isso só enriquece a oferta. Já temos três protocolos de vacina na Anvisa e o governo do Paraná deve submeter mais um”, declarou.

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ARTIGO: Santa Casa, FAl e Poder Judiciário

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Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35.079/SP.)

No dia 9 de setembro de 2003, publiquei, no jornal Diário do Oeste, o texto Um pouco da história da Santa Casa, onde contava a história da entidade, da sua idealização à intervenção municipal ocorrida no início daquele mês. Recordemos alguns trechos do antigo escrito. A Santa Casa foi fundada no dia 1 outubro de 1952 por um grupo de pessoas preocupadas com a saúde da população. Em 1953, esse grupo enviou à Câmara Municipal, por intermédio do vereador Antônio Andrade, proposta de criar um imposto de Cr$ 2,00 por pé de café, para começar a obra. A justificativa para o imposto era o fato da população rural ser o dobro da urbana.

Os cafeicultores não concordaram com a proposta, e o mesmo vereador apresentou um projeto de lei criando um adicional de 10% sobre os impostos municipais, cuja arrecadação seria transferida para a Santa Casa. Consultados, os adamantinenses aprovaram o novo tributo, e assim nasceu a Lei Municipal 238/53. Em outubro de 1957, o prédio foi concluído e o Governo do Estado enviou os equipamentos para a Santa Casa funcionar. Faltava contratar o pessoal administrativo. Depois de muita insistência da Irmandade da Santa Casa (formada pelos seus idealizadores), o Bispo da Diocese de Marilia, Dom Hugo Bressane de Araújo, designou uma equipe de freiras da Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus para administrar a casa de saúde.

Em 7 de dezembro de 1957, finalmente aconteceu a inauguração da Santa Casa, com as irmãs missionarias assumindo a administração da entidade. Todas tinham curso superior nas áreas que atuariam e nada receberiam por seus serviços. Havia ainda um compromisso assumido pela Irmandade em 1953 que impedia o nepotismo e a politicagem na Santa Casa. O adicional de 10%, destinado à construção do prédio, pela Lei Municipal 210/61, passaria a ser permanente. Convênios com os governos estadual e federal, e muito controle e austeridade complementavam o orçamento. O banco de sangue dava lucro. O raio x também. O paciente que tinha condições de pagar pagava, quem não tinha não pagava, e o tratamento era igual para todos.

Tudo era feito em parceria entre as freiras e a irmandade, sob a supervisão do diretor clínico e do provedor. Mas, como nada é perfeito neste mundo, de vez em quando surgiam pequenas crises. Certa feita, algumas “pessoas” que queriam tirar proveito do empreendimento fizeram um grande movimento para desestabilizar um ex-provedor, chegando a ameaçá-lo de morte. Por sorte, essa tentativa de boicote foi superada sem maiores infortúnios e a Santa Casa seguiu o rumo traçado pelos valorosos pioneiros até 22 de outubro de 1988, quando o contrato com a Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus foi rompido.

Com o fim do contrato, o compromisso assumido pela irmandade da Santa Casa em 1953 deixou de ser cumprido. O nepotismo e a politicagem começaram a fazer história. E, ao que parece, o resultado disso foi o início da decadência que culminou na intervenção feita em 5 de setembro de 2003. Aqui encerro a narrativa extraída do texto Um pouco da história da Santa Casa. Entretanto, do longínquo ano de 2003 aos dias atuais, muita água passou debaixo da ponte. Vejamos.

Com o decorrer do tempo, as dificuldades na Santa Casa só aumentariam. Ocorreriam outras intervenções do poder público municipal e seriam realizadas algumas campanhas filantrópicas para evitar que a instituição fosse fechada. Para piorar, em 2011, por ser inconstitucional (como este humilde articulista já havia afirmado no texto Praças, Santa Casa e cinema, também publicado em 2003), foi revogada a Lei Municipal 210/61 que garantia a destinação do adicional de 10% dos impostos municipais à casa de saúde. Felizmente, novos personagens se tornariam protagonistas na luta contra o fechamento da Santa Casa e por uma saúde pública de qualidade em Adamantina.

Em janeiro de 2018, após grande esforço de autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público locais, a Santa Casa passou a ser administrada pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. A gestão dos freis franciscanos melhorou/humanizou o atendimento à população e isso fez com que em janeiro de 2022 a Santa Casa fosse incorporada definitivamente à Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. Com a incorporação, a entidade passou a ser denominada Santa Casa de Misericórdia de Adamantina na Providência de Deus.

Sempre lembrando que em 2015, enquanto a Santa Casa passava por uma das suas maiores crises financeiras, a FAl conquistava o curso de medicina. Isso gerou a expectativa de que em quatros anos a saúde pública mudaria da água para o vinho em Adamantina. Afinal de contas, o Internato Médico, obrigatório no curso de medicina, seria iniciado em janeiro de 2020 e iria ser um divisor de águas na saúde pública na cidade. No entanto, o internato foi para Araçatuba. Em seguida, para São Carlos.

No final de 2023, o Poder Judiciário, em Adamantina, julgou procedente Ação Civil Pública, proposta pelo MPSP, e proibiu a renovação do Termo de Colaboração para Internato Médico, assinado entre a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e a FAI. A instituição recorreu da decisão e o caso tramita na justiça. Vale dizer que a FAl é uma autarquia municipal, criada em 1968, cuja mantenedora é a prefeitura de Adamantina. Traduzindo. Se um dia algo der errado com a instituição, o dinheiro para arcar com o prejuízo sairá dos cofres municipais, ou seja, do bolso dos adamantinenses.

Para encerrar, gostaria de fazer algumas perguntas à população da Cidade Joia. A Santa Casa e as unidades de saúde do município, mesmo com os grandes investimentos em infraestrutura dos últimos anos, não estão prontas para receber o Internato Médico? É justo a autarquia de uma cidade (que nasceu graças aos impostos pagos pelo povo desta cidade), investir na saúde da população de outra cidade? Por que o silêncio da mídia e dos pré-candidatos ao cargo de prefeito em torno de assunto tão importante? Existe alguma pressão corporativa impedindo que a discussão avance na sociedade adamantinense?

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Ônibus que transportava trabalhadores rurais tomba em Paranapanema

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Um ônibus que transportava trabalhadores rurais tombou na Estrada Rio Boi Branco do distrito Campos de Holambra, em Paranapanema (SP), na madrugada desta terça-feira (14).

Conforme uma das passageiras do ônibus, algumas pessoas foram socorridas e levadas até a UBS mais próxima pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outras foram levadas por motoristas que passavam pelo local e viram o veículo tombado.

De acordo com os Bombeiros, uma equipe chegou a ser acionada, mas a solicitação foi cancelada após o Samu adiantar o resgate.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) também informou que o acidente aconteceu pois o motorista perdeu o controle da direção enquanto dirigia pela pista molhada. O ônibus transportava 42 passageiros, dos quais 14 se feriram.

Segundo os responsáveis pela UBS Onofre Leme de Almeida, ao menos 12 pessoas foram atendidas com ferimentos leves e outras duas precisaram ser transferidas devido a gravidade dos ferimentos para realizarem raio X.

O caso foi registrado como lesão corporal pela Delegacia de Paranapanema.

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Jovem morre em batida na estrada que liga Dumont a Ribeirão Preto

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Um jovem de 24 anos morreu em um acidente na tarde desta quarta-feira (15) na Rodovia Mário Donegá, entre Dumont (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o motorista do carro seguia no sentido Ribeirão-Dumont, quando teria invadido a pista contrária e batido de frente com o caminhão.

Com o impacto, o motorista foi projetado para fora do carro. De acordo com a polícia, a hipótese é que ele não usava o cinto de segurança no momento da batida. O caminhão só parou ao bater na defensa metálica.

O trecho é de pista simples e, de acordo com a polícia rodoviária, não é permitido ultrapassagem no local.

A perícia deve apontar as causas do acidente.

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