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Dados oficiais comprovam: uso de cadeirinhas em veículos reduziu em 33% o número de crianças vítimas do trânsito

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Dados epidemiológicos confirmam o efeito positivo do uso de cadeirinhas e outros dispositivos específicos para o transporte de crianças. Após o advento dessa exigência, em 2008, menos crianças têm sido levada à internação ou morrido por conta de acidentes de trânsito. Essas constatações reforçam a posição dos críticos ao Projeto de Lei 3267/2019, enviado pela Presidência da República ao Congresso Nacional, e que prevê, em um de seus artigos, o fim das penalidades aos condutores que deixarem de observar essas regras.

Pelos números oficiais, desde que a cadeirinha passou a ser obrigatória, com previsão de multa e inclusão de pontos na carteira dos infratores, o número de crianças com até nove anos internadas em estado grave após se envolverem em acidentes de automóveis caiu um terço nos últimos oito anos. No mesmo período, também houve queda de quase 20% na quantidade de vítimas fatais, nesta faixa etária.

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Os números foram analisados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). As entidades encaminharão os resultados para análise da Comissão Especial criada no âmbito da Câmara dos Deputados para analisar a proposta.

 

EFEITOS POSITIVOS

“As informações falam por si só. Os dados oficiais, que saíram das bases do Ministério da Saúde, permitem verificar os efeitos positivos da Resolução nº 277, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Trata-se de uma regra fundamental para aumentar a segurança nas vias e rodovias e, sobretudo, para proteger a vida e a saúde das crianças com menos de dez anos de idade”, ressaltou a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, uma das críticas à proposta.

O tema mereceu o repúdio da SBP que, logo após o anúncio do PL, divulgou nota – juntamente com a Abramet e outras entidades – externando sua preocupação com o fim das punições aos condutores que não transportemos menores em cadeirinhas de segurança. O assunto também deve ser discutido pela Câmara Técnica de Medicina do Tráfego, do CFM, que recentemente elaborou uma cartilha focada nesse tema.

“Estes equipamentos foram projetados para dar mais segurança aos usuários em casos de colisão ou de desaceleração repentina. Conforme mostram os números, eles têm sido fundamentais para salvar milhares de vidas ao longo destes anos”, destacou Mauro Ribeiro, vice-presidente do CFM e membro da Câmara.

 

REGISTROS

Um dado que chamou atenção é que a queda no volume de registros de morbidade e mortalidade envolvendo crianças tem sido inversa ao tamanho da frota de veículos no País, que cresceu cerca de 50% entre 2010 e 2018 (de 37,25 milhões para 54,7 milhões). Na década anterior à imposição das cadeirinhas (2008), em média 944 crianças ocupantes de veículos eram internadas todos os anos. Nos dez anos seguintes, essa média baixou para 719, o que representa uma redução de 24%.

A mesma tendência tem sido observada entre os óbitos nesta população, mesmo após a internação. Antes da Lei da Cadeirinha, em média 37 crianças morriam por ano em decorrência da gravidade dos acidentes de trânsito, apesar dos cuidados recebidos nos hospitais da rede pública. Ao longo da última década, no entanto, o saldo de óbitos baixou para 25, tendo sido registrado no último ano da série 18 episódios desta natureza.

Quando se avaliam o total de mortes registradas no local do impacto, a queda se mantém. Também no período analisado pelas entidades médicas, de 2010, data de vigência da resolução do Contran, até 2017, a queda foi de 19% (de 346 para 279 óbitos). Só no primeiro ano de validade da Lei da Cadeirinha, de 2010 a 2011, a diferença nas mortes foi de 22%.

De 1996 a 2017, o Brasil registrou no total 6.363 óbitos de crianças menores de dez anos dentro de algum tipo de veículo automotor. Mais da metade desses casos (53%) envolviam crianças entre zero e quatro anos de idade. Segundo Luciana Rodrigues Silva, o uso desses dispositivos, quando usados corretamente, reduzem em até 70% o risco de morte em caso de colisão.

“Os dados revelam quão preocupante e perigosa é a proposta encaminhada ao Congresso Nacional pela Presidência da República, que prevê apenas punição com advertência por escrito aos motoristas que transportarem crianças sem cadeirinhas ou assentos adaptados”, alertou Juarez Molinari, presidente da Abramet.

Para ele, apenas campanhas educativas e ações de orientação por parte de profissionais não são suficientes para mudar comportamentos de forma efetiva e, assim, reduzir o número de mortes no trânsito. “É preciso que a essas campanhas se aliem às leis e à fiscalização, para garantir a obrigatoriedade do uso desses equipamentos”, reiterou Molinari, para quem o texto deve ser revisto no Congresso Nacional.

 

RETROCESSO INTERNACIONAL

Atualmente, o Brasil é um dos países que conta o com reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate aos acidentes de trânsito. Segundo o último Relatório de Situação Global da Segurança no Trânsito da organização, publicado no fim de 2018, o País contabilizou progresso evidente no controle do ato de beber e dirigir, amplamente baseados em aplicação rigorosa da legislação.

O documento recomenda, por exemplo, que um número maior de nações adote legislações mais rígidas e aplique penalidades aos infratores de trânsito, com o objetivo de reduzir a velocidade dos veículos, reprimir o ato de beber e dirigir e aumentar as taxas de uso de cinto de segurança, dispositivos de retenção veicular infantil e capacetes de motociclistas.

No quesito proteção de crianças passageiras de veículos, no entanto, a OMS critica o atraso do País, cenário que pode piorar ainda mais com a flexibilização das normas de trânsito. “Esperamos que os parlamentares se posicionem em detrimento dessa iniciativa, alterando o texto enviado pelo Governo de modo a assegurar a punição dos condutores que não respeitarem as regras necessárias para proteção no trânsito da população infantojuvenil”, destacou Mauro Ribeiro, do CFM.

 

Fonte: Porta Regional

 

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Jornalista Paulo Henrique Amorim morre aos 77 anos

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O jornalista e apresentador Paulo Henrique Amorim morreu nesta madrugada aos 77 anos após sofrer um infarto fulminante. Ele havia acabado de retornar de um jantar com amigos e estava em casa, no Rio de Janeiro, quando passou mal. A informação foi confirmada pela Record.

Em entrevista para o telejornal SP No Ar, o jornalista Michael Keller, que trabalhou com Amorim por quase 10 anos, lamentou a morte do colega.

“Ele era muito do contraditório. Era contundente nas colocações dele, mas também ouvia quando a gente falava. Já tive discussões com ele. Nessa hora só procuramos exaltar o profissional e a pessoa que ele foi. Mas tive discussões no ‘Domingo Espetacular’ em situações políticas e profissionais. O Paulo era desse jeito. Ele tinha um ponto de vista e dificilmente conseguia mudar o ponto de vista dele. A discussão era salutar. Era uma pessoa com quem que aprendi muito pelo contraditório”.

A apresentadora Ana Hickmann, que começou a carreira na televisão com Paulo Henrique Amorim no programa Tudo a Ver, disse que o jornalista acreditava em seu potencial.

“Acabei de chegar na emissora e recebi essa notícia. Tenho que confessar que ainda estou extremamente chocada. O Paulo Henrique foi uma pessoa muito importante. Foi ele que me deu a chance de começar minha nova profissão na televisão e me deu grandes conselhos na minha vida. Lembro da primeira ligação me convidando para trabalhar na Record TV. Como um grande jornalista como você vem procurar uma modelo para fazer esse tipo de trabalho? Ele falou, ‘eu acredito em você’. Foi assim que comecei minha história na TV. Desculpa, estou bastante emocionada”, afirmou Ana Hickmann.

Amorim deixa uma filha e a mulher, a jornalista Geórgia Pinheiro.

Paulo Henrique Amorim trabalhava na Record TV desde 2003, onde apresentou o Jornal da Record – 2ª edição, ajudou a criar o Tudo a Ver e esteve à frente do Domingo Espetacular, até junho deste ano, quando foi afastado da revista eletrônica. Em nota, a Record informou que ele havia deixado o programa e que permanecia na emissora à disposição para novos projetos.

O jornalista estreou no jornal A Noite, em 1961, foi correspondente em Nova York da revista Realidade e foi da Veja. Na TV, passou também por Manchete e Globo, onde teve fases como correspondente internacional, Band e TV Cultura.

Em 1972, ganhou Prêmio Esso na categoria informação econômica pela reportagem “A renda dos brasileiros”, pela revista Veja.

Entre 2000 a 2004 ele passou pelo UOL, onde foi âncora do UOL News, programa pioneiro de jornalismo em vídeo na internet brasileira. Atualmente ele mantinha um blog, chamado Conversa Afiada, em que abordava assuntos sobre política e economia.

 

Jornalista controverso

Paulo Henrique Amorim era conhecido pelo temperamento forte, por vezes polêmico, e chegou a enfrentar processos na Justiça.

Em 2016 ele foi condenado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios em 2013 por racismo contra o jornalista Heraldo Pereira, da Globo. Em um post em seu blog Conversa Afiada, publicado em 2010, Amorim chamou o colega de profissão de “negro de alma branca”.

Ele já havia sido condenado a pagar 30 salários mínimos por ofensas ao jornalista Merval Pereira.

 

“Olá, tudo bem?”

Paulo Henrique Amorim fico famoso pelo bordão “olá, tudo bem?”. O conhecido cumprimento surgiu após a participação do jornalista em uma edição especial da rede americana CNN.

“A editora da CNN disse que gostaria que correspondentes estrangeiros saudassem o público americano na sua língua própria. Eu fiz uma vinhetinha falando ‘Olá, tudo bem?’, que é a maneira que nós brasileiros saudamos as pessoas”, disse ele ao extinto Programa do Porchat.

De volta ao hotel é que Paulo Henrique se deu conta de que havia encontrado um bordão: “Um americano que me viu na CNN me reconheceu e falou ‘olá, tudo bem?’ [imitando sotaque]. Aí eu [pensei]: ‘Opa, é um bordão’. E como diz o Boni, televisão é bordão”.

 

Fonte: Portal Uol.com.br

 

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Dois morrem em acidente com caminhão da banda de Léo Santana, na Bahia

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Duas pessoas morreram em um acidente envolvendo o caminhão da banda do cantor Léo Santana, na BR-116, em Itatim, neste sábado (6). Segundo o G1 Bahia, a informação foi confirmada pela assessoria do artista.

De acordo com uma nota divulgada pela produção do cantor na manhã deste domingo (7), as vítimas estavam em um caminhão contratado para o transporte de equipamentos da banda. As causas do acidente não foram informadas.

Segundo a ViaBahia, o acidente aconteceu por volta das 9h, na altura do km 523, quando o caminhão da banda bateu de frente com outro veículo do mesmo porte.

No Instagram, Léo Santana lamentou o ocorrido e comentou sobre a relação que tinha com as vítimas. Ele havia feito shows em Fortaleza e São Gonçalo do Amarante, no Ceará, na noite deste sábado (6). 

“É muito ‘punk’ ter que trabalhar quando se recebe uma notícia ruim, drástica. Um caminhão da minha banda, da minha equipe, com duas pessoas que trabalhavam na equipe da gente acabou batendo de frente com uma carreta. Os dois vieram a falecer. Ter que trabalhar com isso na cabeça é muito forte, é muito punk. Fica meus pêsames para os familiares do Gustavo e do Nabo, que eram moleques que eu gostava demais. Que Deus conforte os corações de vocês”, disse o artista.

 

Fonte: Diário do Nordeste

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Rede de trens deve ligar São Paulo a cidades do interior

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O governador João Doria divulgou em seu perfil no Facebook na segunda-feira (1º) informações sobre a rede de trens que deve ligar São Paulo a cidades como Americana, Sorocaba, Santos e a região do Vale do Paraíba.

Nas últimas semanas, foram realizados testes no trecho que ligaria até a Baixada Santista. Em 18 de junho, uma locomotiva partiu da estação da Luz, na região central da capital, e seguiu ao litoral, parando no terminal de navios de cruzeiros de Santos. Na quarta-feira (26), outro trem testou o percurso, desta vez saindo da estação de Paranapiacaba, distrito do município de Santo André.

Procurada, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que as viagens foram feitas para “analisar tecnicamente as condições dos trilhos, a descida pela Serra do Mar e o tempo de viagem”.

Segundo a pasta, a etapa mais avançada do projeto estaria entre São Paulo e Americana. “A secretaria está em tratativas com o governo federal desde janeiro para estabelecer um cronograma em relação à cessão da ferrovia entre Jundiaí e Americana, pois o percurso pertence à União”, informou o órgão (o trecho que parte da capital até Jundiaí já é operado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, estatal).

O objetivo é que a parceria público privada da iniciativa chamada de TremInterCidades seja colocada à disposição de investidores privados até o fim deste ano. “Gradativamente, faremos com que modais alternativos de transporte sejam cada vez mais utilizados nos deslocamentos pelo estado”, informou Doria pelo Facebook, sobre o projeto que é uma de suas promessas de campanha.

 

Fonte: Msn Notícias

 

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