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ARTIGO: Revolta da Vacina em pleno século XXI? Pode isso? – Parte II – COVID-19

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Uma análise dos movimentos contrários à vacinação atualmente

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“O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito à medida que avança.”

 

(Aristóteles)

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Nos últimos dias, dos atuais tempos alvacentos, pré-vacinais, conforme já relatado em outrora, vimos a crescente onda de um movimento nada agradável, trata-se de um grupo que “defende a sua não vacinação”. Conforme já relatado também, muitos se baseiam em suas próprias convicções religiosas e outros justificam que a exposição a uma grande quantidade de vírus seria desnecessária e mesmo prejudicial, ou ainda seguem falácias deste ou daquele político.

Lembrando que a algum tempo atrás também vimos em alguns veículos de comunicação, uma crescente onda de pessoas que optaram pela não vacinação de seus filhos, evocando alguns dos motivos anteriormente citados. Mas, de onde vem tamanho absurdo?

Do ponto de vista histórico, temos uma situação que evoca isso tudo. Em 1982, o documentário DPT: Vaccine Roulette levantou uma suposta associação de algumas vacinas a danos cerebrais em algumas crianças. Anos mais tarde, o médico britânico Andrew Wakefield apresentou um estudo relacionando o autismo as crianças que haviam sido vacinadas.

Mas, o que de fato é verdade nisso tudo? Bom, absolutamente nada! Wakefield foi aos poucos sendo desmascarado e teve sua licença cassada pelo Conselho Britânico de Medicina.

Infelizmente, teorias de conspiração e questões desta ordem, tomam proporções inimagináveis e doenças até então erradicadas estão acometendo novamente a população. Diversos casos já foram registrados em países europeus, americanos e também no Brasil.

No contexto atual, há de se ressaltar as segundas ondas do COVID-19 e as milhares de mortes ocorridas em todos os países do mundo. Destacando que, todos os Órgãos Internacionais de Saúde apontam para a urgência no desenvolvimento, aprovação/liberação e vacinação.

O mais curioso disso tudo é que estamos vivendo num ponto da história, onde o vídeo de um suposto médico, ou político, ou “qualquer um”, repassada no grupo de mensagens da família, alardeando uma “suposta verdade”, fazem com que as  pesquisas até então realizadas pelos grandes Centros e/ou Universidades caiam no descrédito e gerem grande parte dessa onda de “não vacinação”! Triste, mas chegamos a isso!

VACINAS - Jornal da Economia

Tudo isso, me recorda um outro movimento ocorrido no início do século XX, a Revolta da Vacina. Tratava-se de uma manifestação popular, ocorrida entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904, na cidade do Rio de Janeiro. O médico sanitarista Oswaldo Cruz, devido aos surtos de varíola, conseguiu convencer o Congresso a aprovar a “Lei da Vacinação Obrigatória”, que dava plenos poderes as brigadas sanitaristas, juntamente com forças policiais, de entrarem nas casas e vacinarem as pessoas à força.

É claro que todo esse processo levou a manifestações contrárias da população carioca, que reagiu criando a “Liga contra a Vacina Obrigatória”. Enfim, o saldo disso tudo incluiu pessoas mortas, feridas, a vacinação suspensa por um período e uma cidade em ruínas.

O fato é que nesta época, tais pessoas na maioria das vezes não chegavam a ter o conhecimento do motivo pelo qual estavam sendo vacinadas, aliado a truculência dos agentes e aos boatos que circulavam, ocasionando toda essa bagunça. Mesmo assim, depois de muito custo, a varíola acabou sendo erradicada.

Nos dias atuais e quase 116 anos após a Revolta da Vacina, o conhecimento e a informação são acessíveis a todos, mas infelizmente o que predominam ainda são as Fake News, muitas vezes propagadas por estes ou aqueles seguidores deste ou daquele político, ou veiculada pelos grupos desta ou daquela rede antissocial.

Lembrando que, você pode até não tomar a tal vacina, se baseando nos argumentos totalmente infundados de “supostas” teorias e pesquisas que não fazem o menor sentido em pleno século XXI, mas lembre-se que tudo isso só aumentará ainda mais os riscos da minha e da sua família. Ah… E das pessoas que infelizmente não podem se vacinar! Pense nisso!

Tiago Rafael dos Santos Alves/

Professor, Historiador e Gestor /Ambiental

Membro Correspondente da ACL e AMLJF

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ARTIGO: Santa Casa, FAl e Poder Judiciário

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Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35.079/SP.)

No dia 9 de setembro de 2003, publiquei, no jornal Diário do Oeste, o texto Um pouco da história da Santa Casa, onde contava a história da entidade, da sua idealização à intervenção municipal ocorrida no início daquele mês. Recordemos alguns trechos do antigo escrito. A Santa Casa foi fundada no dia 1 outubro de 1952 por um grupo de pessoas preocupadas com a saúde da população. Em 1953, esse grupo enviou à Câmara Municipal, por intermédio do vereador Antônio Andrade, proposta de criar um imposto de Cr$ 2,00 por pé de café, para começar a obra. A justificativa para o imposto era o fato da população rural ser o dobro da urbana.

Os cafeicultores não concordaram com a proposta, e o mesmo vereador apresentou um projeto de lei criando um adicional de 10% sobre os impostos municipais, cuja arrecadação seria transferida para a Santa Casa. Consultados, os adamantinenses aprovaram o novo tributo, e assim nasceu a Lei Municipal 238/53. Em outubro de 1957, o prédio foi concluído e o Governo do Estado enviou os equipamentos para a Santa Casa funcionar. Faltava contratar o pessoal administrativo. Depois de muita insistência da Irmandade da Santa Casa (formada pelos seus idealizadores), o Bispo da Diocese de Marilia, Dom Hugo Bressane de Araújo, designou uma equipe de freiras da Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus para administrar a casa de saúde.

Em 7 de dezembro de 1957, finalmente aconteceu a inauguração da Santa Casa, com as irmãs missionarias assumindo a administração da entidade. Todas tinham curso superior nas áreas que atuariam e nada receberiam por seus serviços. Havia ainda um compromisso assumido pela Irmandade em 1953 que impedia o nepotismo e a politicagem na Santa Casa. O adicional de 10%, destinado à construção do prédio, pela Lei Municipal 210/61, passaria a ser permanente. Convênios com os governos estadual e federal, e muito controle e austeridade complementavam o orçamento. O banco de sangue dava lucro. O raio x também. O paciente que tinha condições de pagar pagava, quem não tinha não pagava, e o tratamento era igual para todos.

Tudo era feito em parceria entre as freiras e a irmandade, sob a supervisão do diretor clínico e do provedor. Mas, como nada é perfeito neste mundo, de vez em quando surgiam pequenas crises. Certa feita, algumas “pessoas” que queriam tirar proveito do empreendimento fizeram um grande movimento para desestabilizar um ex-provedor, chegando a ameaçá-lo de morte. Por sorte, essa tentativa de boicote foi superada sem maiores infortúnios e a Santa Casa seguiu o rumo traçado pelos valorosos pioneiros até 22 de outubro de 1988, quando o contrato com a Ordem das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus foi rompido.

Com o fim do contrato, o compromisso assumido pela irmandade da Santa Casa em 1953 deixou de ser cumprido. O nepotismo e a politicagem começaram a fazer história. E, ao que parece, o resultado disso foi o início da decadência que culminou na intervenção feita em 5 de setembro de 2003. Aqui encerro a narrativa extraída do texto Um pouco da história da Santa Casa. Entretanto, do longínquo ano de 2003 aos dias atuais, muita água passou debaixo da ponte. Vejamos.

Com o decorrer do tempo, as dificuldades na Santa Casa só aumentariam. Ocorreriam outras intervenções do poder público municipal e seriam realizadas algumas campanhas filantrópicas para evitar que a instituição fosse fechada. Para piorar, em 2011, por ser inconstitucional (como este humilde articulista já havia afirmado no texto Praças, Santa Casa e cinema, também publicado em 2003), foi revogada a Lei Municipal 210/61 que garantia a destinação do adicional de 10% dos impostos municipais à casa de saúde. Felizmente, novos personagens se tornariam protagonistas na luta contra o fechamento da Santa Casa e por uma saúde pública de qualidade em Adamantina.

Em janeiro de 2018, após grande esforço de autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público locais, a Santa Casa passou a ser administrada pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. A gestão dos freis franciscanos melhorou/humanizou o atendimento à população e isso fez com que em janeiro de 2022 a Santa Casa fosse incorporada definitivamente à Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. Com a incorporação, a entidade passou a ser denominada Santa Casa de Misericórdia de Adamantina na Providência de Deus.

Sempre lembrando que em 2015, enquanto a Santa Casa passava por uma das suas maiores crises financeiras, a FAl conquistava o curso de medicina. Isso gerou a expectativa de que em quatros anos a saúde pública mudaria da água para o vinho em Adamantina. Afinal de contas, o Internato Médico, obrigatório no curso de medicina, seria iniciado em janeiro de 2020 e iria ser um divisor de águas na saúde pública na cidade. No entanto, o internato foi para Araçatuba. Em seguida, para São Carlos.

No final de 2023, o Poder Judiciário, em Adamantina, julgou procedente Ação Civil Pública, proposta pelo MPSP, e proibiu a renovação do Termo de Colaboração para Internato Médico, assinado entre a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e a FAI. A instituição recorreu da decisão e o caso tramita na justiça. Vale dizer que a FAl é uma autarquia municipal, criada em 1968, cuja mantenedora é a prefeitura de Adamantina. Traduzindo. Se um dia algo der errado com a instituição, o dinheiro para arcar com o prejuízo sairá dos cofres municipais, ou seja, do bolso dos adamantinenses.

Para encerrar, gostaria de fazer algumas perguntas à população da Cidade Joia. A Santa Casa e as unidades de saúde do município, mesmo com os grandes investimentos em infraestrutura dos últimos anos, não estão prontas para receber o Internato Médico? É justo a autarquia de uma cidade (que nasceu graças aos impostos pagos pelo povo desta cidade), investir na saúde da população de outra cidade? Por que o silêncio da mídia e dos pré-candidatos ao cargo de prefeito em torno de assunto tão importante? Existe alguma pressão corporativa impedindo que a discussão avance na sociedade adamantinense?

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Ônibus que transportava trabalhadores rurais tomba em Paranapanema

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Um ônibus que transportava trabalhadores rurais tombou na Estrada Rio Boi Branco do distrito Campos de Holambra, em Paranapanema (SP), na madrugada desta terça-feira (14).

Conforme uma das passageiras do ônibus, algumas pessoas foram socorridas e levadas até a UBS mais próxima pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outras foram levadas por motoristas que passavam pelo local e viram o veículo tombado.

De acordo com os Bombeiros, uma equipe chegou a ser acionada, mas a solicitação foi cancelada após o Samu adiantar o resgate.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) também informou que o acidente aconteceu pois o motorista perdeu o controle da direção enquanto dirigia pela pista molhada. O ônibus transportava 42 passageiros, dos quais 14 se feriram.

Segundo os responsáveis pela UBS Onofre Leme de Almeida, ao menos 12 pessoas foram atendidas com ferimentos leves e outras duas precisaram ser transferidas devido a gravidade dos ferimentos para realizarem raio X.

O caso foi registrado como lesão corporal pela Delegacia de Paranapanema.

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Jovem morre em batida na estrada que liga Dumont a Ribeirão Preto

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Um jovem de 24 anos morreu em um acidente na tarde desta quarta-feira (15) na Rodovia Mário Donegá, entre Dumont (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o motorista do carro seguia no sentido Ribeirão-Dumont, quando teria invadido a pista contrária e batido de frente com o caminhão.

Com o impacto, o motorista foi projetado para fora do carro. De acordo com a polícia, a hipótese é que ele não usava o cinto de segurança no momento da batida. O caminhão só parou ao bater na defensa metálica.

O trecho é de pista simples e, de acordo com a polícia rodoviária, não é permitido ultrapassagem no local.

A perícia deve apontar as causas do acidente.

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