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‘Jurassic Park brasileiro’: Museu de Paleontologia de Marília reabre as portas após quatro anos

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A reinauguração nesta sexta-feira (28) do Museu de Paleontologia de Marília (SP), que estava fechado para obras havia quatro anos, reacende na população local o interesse pela fauna diversificada que habitou a região há milhares de anos.

Já faz quase três décadas desde o anúncio feito por Cid Moreira na bancada do Jornal Nacional sobre a descoberta de um fóssil de dinossauro em um pequeno distrito no centro-oeste do estado de São Paulo. A notícia, de junho de 1993, dizia respeito a um achado em Padre Nóbrega, em Marília, o primeiro por aqui. Aquele era o início do árduo trabalho que, mais tarde, culminaria na criação do museu, em 2004.

Desde então, a região tem revelado ser um dos principais potenciais fossilíferos da América do Sul: ao todo, mais de dois mil fragmentos de ossos foram descobertos na região até hoje. Agora, com novas vitrines e decorações, o museu volta a exibi-los, ajudando pesquisadores e curiosos a entenderem mais sobre a fauna primitiva que habitava as redondezas.

Novos recursos

 

Entre os atrativos inéditos, o museu vai disponibilizar óculos de realidade virtual e aumentada 3D para que a experiência dentro do ambiente repaginado se torne ainda mais imersiva.

Com o equipamento, o público poderá ser projetado para um cenário da Marília pré-histórica. Por lá, será possível ver e interagir com alguns dos dinossauros que habitaram a região.

Os visitantes também poderão consultar informações sobre as criaturas em totens interativos espalhados pelo local e em um aplicativo de celular preparado pela instituição.

A cerimônia de reinauguração é aberta ao público e acontece nesta sexta, a partir das 18h. O museu, que fica na Avenida Sampaio Vidal, 245, vai funcionar de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados, das 13h às 18h. A entrada é gratuita.

Terra de fósseis

 

Os vestígios de dinossauros começaram a ser encontrados na região ao longo dos anos 90. Além do achado em Padre Nóbrega, descobertas em PompéiaDuartina e na própria cidade de Marília forneceram as primeiras evidências de que o local abrigava criaturas primitivas no passado.

Entre os ossos descobertos no centro-oeste paulista, a maioria pertencia a um dinossauro em específico: o Titanossauro, um animal quadrúpede, de pescoço bastante alongado e que só se alimentava de vegetais.

“Eles variavam de tamanho, entre nove e 10 metros até 20, 25 metros de comprimento, e habitavam todo o hemisfério sul. Particularmente nas regiões de Marília e Presidente Prudente (SP), temos vários registros desse tipo de dinossauro, indicando que ele pastava nesses locais e vivia em manadas”, explica William Nava, coordenador do museu e paleontólogo responsável pelas primeiras descobertas na região.

Apesar das descobertas inéditas, a cidade só conseguiu se consolidar na rota da paleontologia há 13 anos. Isso porque, em abril de 2009, Nava fez uma descoberta grandiosa enquanto vasculhava o solo de Marília: ossos do mais completo titanossauro já encontrado no Brasil.

As escavações do achado repercutiram tanto que serviram de inspiração para a novela “Morde e Assopra”, lançada em 2011 pela TV Globo. A produção conta a história de uma paleontóloga que viaja ao interior de São Paulo em busca dos animais primitivos.

“Eu estava voltando para casa e, talvez por alguma intuição, resolvi parar em um barranco de rochas para olhar o local. Foi então que eu percebi vários ossos desse dinossauro expostos. Eles já deviam estar ali, sob sol e chuva, há um bom tempo. Foi um momento de muita felicidade”, relembra o pesquisador.

 

Em 2015, os ossos do Titanossauro foram levados para a Universidade de Brasília (UnB) para serem comparados aos de outros dinossauros. Cerca de 70% do esqueleto do dinossauro estavam preservados: foram achadas parte do pescoço, vértebras das costas e da cauda, costelas e fragmentos do crânio, da bacia e das patas.

A ossada foi parar em um laboratório do campus de Planaltina para estudos. O grupo de pesquisadores estima que a criatura tenha pesado 10 toneladas e atingido 15 metros de comprimento.

Em 2016, ossos de crocodilo e de Titanossauro e um dente de dinossauro foram encontrados em uma área de rochas em Marília. Nava passou cerca de três meses pesquisando a existência de fósseis no local até se deparar com os vestígios, datados de aproximadamente 65 milhões de anos. As três peças encontradas pelo paleontólogo foram retiradas de um barranco de cerca de 20 metros de altura.

Descobertas em rodovias

 

No ano passado, fósseis de Titanossauro foram descobertos durante obras em rodovias da região em três ocasiões. O primeiro deles foi encontrado em julho, nas obras de duplicação da Rodovia Leonor Mendes de Barros (SP-333), entre Marília e Júlio Mesquita. O material se tratava de um fêmur, com cerca de 1,5m, localizado a poucos centímetros da lateral de um talude.

Em setembro, escavações às margens da Rodovia Rachid Rayes (SP-333), em Marília, deram de cara com um conjunto de fósseis escondidos em um talude. Entre os vestígios, foram encontrados outro fêmur e alguns fragmentos de costelas.

Pouco menos de dois meses depois, um terceiro fêmur de Titanossauro foi encontrado na mesma rodovia. Nava acredita que o fóssil seja diferente do encontrado no local em setembro daquele ano.

“Nós pedimos para que o pessoal do maquinário nos avisasse caso encontrasse algo durante as obras. Em um dos barrancos, conseguimos identificar ossos de ao menos três Titanossauros diferentes”, diz.

Solo privilegiado

 

Um dos fatores que colaboram para que as descobertas aconteçam por aqui é o relevo colinoso da região de Marília. A área possui uma topografia bem acidentada, cheia de colinas – não à toa, é conhecida como Planalto de Marília.

“Por causa das serras, quando as rochas são cortadas nas obras feitas pelo homem, os sedimentos ficam expostos. Isso facilita a localização de fósseis”, explica Nava.

Além de favorecer a descoberta dos ossos, a região ainda ajuda na preservação deles. Isso porque o solo local é rico em carbonato de cálcio, uma substância muito presente nas águas de antigos rios e lagos, na longínqua era dos dinossauros.

“Pelo estudo geológico, sabe-se que a região em que Marília está localizada possuía um clima muito quente e seco. Havia muito mais evaporação do que acúmulo de água. Em pequenos rios e lagos, a água evaporava rapidamente e o carbonato de cálcio se concentrava no fundo. Se ali houvesse dinossauros mortos, os ossos eram envoltos por uma película protetora formada pela substância”, diz.

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ARTIGO: Conselhão do presidente Lula: ações de governo com foco em quem mais precisa

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Por Alexandre Padilha

Lula é o presidente que mais governou escutando as pessoas, e, assim, implementando políticas públicas capazes de reduzir desigualdades e de mudar a vida dos menos favorecidos. Agora, em seu terceiro mandato, não seria diferente.

Nessa semana, algumas demandas cruciais da sociedade civil foram atendidas pelo governo federal, durante uma sessão histórica do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, que é o espaço escolhido pelo presidente Lula – já em seu primeiro mandato – para dialogar com a sociedade, ouvir representantes dos mais diversos setores e, a partir daí, formular políticas públicas que terão impacto profundo na vida das pessoas. Especialmente para aquelas que, infelizmente, ainda vivem em situação de pobreza, após os quatro anos de obscurantismo do governo passado.

Durante reunião plenária do Conselhão, o governo assinou três decretos que criam políticas públicas cruciais para a nossa população e para a sustentabilidade do nosso país. O primeiro é o que cria a Política da Primeira Infância estabelecendo uma coordenação interministerial no governo federal unificando os dados das crianças para melhor acompanhamento e centralidade à política.

O segundo é a implementação dos Projetos Tecnológicos de Alto Impacto, que une a força dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Indústria e Comércio com empresários e representantes da academia para catalogar áreas de alto impacto para investimento em ciência e tecnologia que mobilize às universidades, centros de pesquisa e a iniciativa privada.

E o terceiro decreto é sobre a Economia Circular, que é um conceito que tem como premissa evitar o desperdício de recursos na cadeia produtiva, dando mais utilização de produtos e materiais, reforçando o compromisso com a agenda da economia verde.

O Conselhão foi criado em 2003 no primeiro governo do presidente Lula e recriado no ano passado. Ele promove a interlocução direta do governo federal com a sociedade civil através de empresários, ativistas, movimentos sociais e sindicais, lideranças indígenas, influenciadores, entre outros. Nos outros mandatos do presidente Lula, o Conselhão foi responsável pela concepção de importantes políticas públicas implantadas como o Minha Casa, Minha Vida e o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Agora, neste terceiro mandato, o colegiado que forma o Grupo de Trabalho de Crédito foi responsável pelo apoio na criação do programa ‘Acredita’, destinado a democratização do acesso ao crédito para o empreendedor brasileiro.

O Conselhão é um aliado no debate econômico, como na nova Indústria Brasil, no apoio à regulamentação da Reforma Tributária e na taxação de bilionários, e na implementação da transição verde, como no plano de Transição Energética, regulamentação do Mercado de Carbono, recuperação de Áreas Degradadas e nos projetos de Desenvolvimento para a Amazônia.

Os nossos conselheiros e conselheiras também participaram dos debates sobre Plano Brasil Digital 2030+, Projetos Tecnológicos de Alto Impacto, do combate às desigualdades, de propostas para o desenvolvimento de políticas para o Combate à Fome, Periferias, e os esforços envidados de apoio às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul. É governo federal e sociedade civil caminhando juntos na construção de políticas públicas para o desenvolvimento do país.

*Alexandre Padilha é médico, professor universitário, Ministro das Relações Institucionais da Presidência da República e deputado federal licenciado (PT/SP). Foi Ministro da Coordenação Política no primeiro governo Lula, da Saúde no governo Dilma e Secretário da Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de SP.

 

 

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ARTIGO: Atualizações, recortes, números e perguntas

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Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35.079/SP.)

Entre os dias 13 e 20 de maio de 2023, publicamos o artigo Eleições 2024, onde fizemos uma pequena retrospectiva das últimas disputas eleitorais para prefeito ocorridas em Adamantina. No texto, dissemos ainda que, naquele momento, eram cogitados como pré-candidatos ao cargo majoritário nas eleições deste ano os nomes de Alcio Ikeda, Gustavo Taniguchi, João Carlos Contiero e Luizinho Bil. O primeiro representava a oposição, o segundo a situação e os outros dois figuravam como franco-atiradores.

Com o passar dos meses, as pré-candidaturas de Ikeda e Taniguchi ganharam corpo e as de Contiero e Bil acabaram “derretendo”. Em seguida, dois novos nomes assumiram o lugar da dupla na corrida eleitoral: Jorge Almeida e José Carlos Tiveron. Vieram as primeiras pesquisas internas dos partidos e o quadro fol alterado mais uma vez, com Taniguchi sendo substituído por Daniel Robles. Feita a atualização das pré-candidaturas, vamos aos recortes que extraímos das últimas seis eleições na cidade.

Sempre que um prefeito foi candidato a reeleição em Adamantina, ele só teve um adversário na disputa. Isso ocorreu em 2000, 2008 e 2020. Com o alcaide no segundo mandato, o número de candidatos dobra. Tivemos quatro candidatos em 2004 e 2012, e poderemos ter quatro em 2024. Nunca um prefeito reeleito conseguiu fazer o sucessor. Porém, paradigmas existem para serem quebrados. Feitos os recortes, vamos aos números apresentados pelas urnas entre 2000 e 2020. Eles dizem muitas coisas.

Em 2000, 19.917 eleitores votaram na Cidade Joia, e a apuração dos votos ficou assim: 18.185 votos válidos (91,30%), 979 votos nulos (4,92%) e 753 votos em branco (3,78%). Nessa eleição tivemos uma abstenção de 4.658 eleitores, ou seja, 18,95% do eleitorado não compareceu às urnas para votar. Na eleição de 2004, 20.967 eleitores votaram em Adamantina, cujo resultado foi: 19.766 votos válidos (94,27%), 691 votos nulos (3,30%) e 510 votos em branco (2,43%). Nessa eleição, 4.882 pessoas não foram votar, o que deu uma abstenção de 18,89% do eleitorado.

No pleito de 2008, 21.252 pessoas foram às urnas e o resultado foi o seguinte: 18.293 votos válidos (86,08%), 1.508 votos nulos (7,10%) e 1.451 votos em branco (6,82%). Nessa eleição a abstenção foi de 5.336 eleitores (20,07%). Em 2012, 21.667 eleitores foram às urnas e o resultado foi esse: 20.253 votos válidos (93,47%), 641 votos nulos (2,96%) e 773 votos em branco (3,5796). Por fim, 5.772 eleitores não foram votar, portanto uma abstenção de 21,04% do eleitorado apto a votar.

Na eleição de 2016, 20.953 eleitores votaram em Adamantina e o resultado foi o seguinte: 18.695 votos válidos (89,22%), 1.224 votos nulos (5,84%) e 1.034 votos em branco (4,93%). Nesse ano, tivemos a abstenção de 6.795 eleitores, ou seja, de 24,49% do eleitorado. Em 2020, foram depositados nas urnas 18.725 votos, assim distribuídos: 15.230 votos válidos (81,34%), 1.862 votos nulos (9,94%) e 1.633 votos em branco (8,72%). A abstenção, agravada pela pandemia de COVID-19, foi de 8.947 eleitores, ou seja, de 32,33% do eleitorado. Apresentados os números, vamos às perguntas.

Na eleição deste ano, os votos brancos e nulos poderão aumentar na Cidade Joia? E as abstenções (neste caso, por conta da pandemia de COVID-19, não podemos usar como parâmetro a eleição de 2020) continuarão crescendo? Sendo os pré-candidatos de partidos e de grupos “simpáticos” aos espectros políticos de direita e de extrema direita, como será o voto dos eleitores da esquerda? Mesmo atacados diariamente por fascistas locais nas redes sociais, eles votarão em algum dos quatro pré-candidatos? Sempre lembrando que no segundo turno da eleição de 2022, Lula recebeu 5.122 votos em Adamantina, o que representou 25,53% dos votos válidos daquele pleito.

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Motorista morre e passageiros ficam feridos em colisão de ônibus com caminhão na Anhanguera

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Uma pessoa morreu e ao menos 13 ficaram feridas em uma colisão entre um ônibus e um caminhão na Rodovia Anhanguera (SP-330) em Cravinhos (SP), na região de Ribeirão Preto (SP), na madrugada desta quarta-feira (26).

A colisão ocorreu por volta de 1h30 em um trecho de serra no sentido a Ribeirão Preto, no quilômetro 299.

O ônibus, que havia saído de São Paulo e seguia para Brasília (DF) com cerca de 30 pessoas, atingiu uma carreta que transportava pisos.

Com a batida, o motorista do ônibus morreu. De acordo com boletim de ocorrência, a vítima é Anderson Oliveira da Fontoura, de 39 anos.

Treze passageiros foram levados para hospitais de Ribeirão Preto e de Cravinhos. Um deles foi socorrido em estado grave. O motorista do caminhão não se feriu. As causas do acidente ainda deve ser apuradas.

Segundo a Arteris ViaPaulista, durante a madrugada houve bloqueios nas faixas, um congestionamento de aproximadamente dois quilômetros e um desvio para a SP-328, em direção ao distrito de Bonfim Paulista, mas até o início da manhã todo o tráfego já estava liberado.

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