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Pesquisa em comunidade do Rio avalia contaminação do ar e esgoto

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A comunidade Santa Marta, em Botafogo, na zona sul do Rio, é foco de um projeto de pesquisadores do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais (Laramg), do Departamento de Biofísica e Biometria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Durante os dois últimos dias, as equipes da instituição colheram amostras de aerossóis da saída de valas de esgotos que correm a céu aberto e de monitoramento do ar nas localidades do Cantão e do Pé da Escada, que são áreas de grande movimentação de moradores da favela. A intenção dos pesquisadores é avaliar se existe algum tipo de contaminação pelo novo coronavírus.

O líder comunitário e guia de turismo da Santa Marta, Thiago Firmino, 39 anos, disse que o material coletado será analisado pelas equipes da Uerj e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas ainda não há previsão para a divulgação do laudo. Depois dessa etapa, segundo Firmino, os pesquisadores, que têm à frente o professor Heitor Evangelista, vão colher amostras da água de dez pontos de esgotos.

Para ele, se for comprovada a presença do vírus, será a oportunidade de fazer uma ação de política pública e obras de saneamento com a cobertura dos esgotos. “Tudo que for captado nessas áreas vai servir para a gente cobrar que fechem os esgotos. Também vai servir para outras favelas. A maioria tem esgoto a céu aberto. Isso aí já é um pé para fechar e evitar as doenças, disse em entrevista à Agência Brasil.

Thiago Firmino contou que o começo da pandemia acendeu um sinal vermelho sobre qual seria o impacto do novo coronavírus na Santa Marta. Ele teve a iniciativa de reunir voluntários para participar de ações de sanitização na comunidade, criando o grupo Santa Marta contra a Covid-19.

O projeto conta com 12 voluntários, mas conforme os dias de trabalho deles, é mais comum que oito participem do serviço, feito duas vezes na semana. A falta de água também era um problema. “Como você pode fazer a higiene sem água?”, questionou, lembrando que o problema, que já existia, piorou com a pandemia.

Antes de começar a sanitização no dia 4 de abril, ele fez uma pesquisa de como o serviço era feito na China e procurou um químico para ter uma avaliação especializada. A ideia surgiu depois que ficou impedido de trabalhar, porque com a pandemia foram suspensas as visitas guiadas às favelas. Firmino, que nasceu e cresceu na comunidade, atualmente com cerca de 1.750 famílias e 700 casas e edificações, achou que era hora de fazer alguma coisa para o lugar que conhecia bem. “Eu sou guia local e, vendo o coronavírus chegar, as políticas para as favelas esquecidas, tive a ideia e fui estudar como era feita na China, afirmou.

Equipamentos

Para a compra de equipamentos e produtos, Firmino, que também é DJ, contou com uma vaquinha. As primeiras contribuições, que somaram R$ 5 mil, vieram de amigos artistas de rap que moram na Dinamarca. Com os recursos que já conseguiram até agora, puderam comprar cinco equipamentos.

Após três meses desse serviço, resolveu convidar a Uerj para a realização da pesquisa, que pudesse levantar dados e verificar a possibilidade de outros tipos de contaminação. “A gente trabalha matando o coronavírus, desinfetando a favela e convidamos para fazerem um estudo. A gente que trouxe a Uerj para cá”, disse.

Experiência compartilhada

As ações de sanitização já se espalharam para outras comunidades. Firmino revelou que a experiência foi levada para o Cantagalo, onde fez treinamento de voluntários, como também a comunidades do Leme, Jesuítas, Maré e Providência. “A gente serviu como base. O pessoal vinha para cá, treinava e voltava para as favelas deles”.

Estatísticas

Na visão do líder comunitário, o número de mortes e casos de contaminação que costumam ser divulgados não são realistas. Parte do problema, acredita, ocorre porque as causas das mortes nem sempre indicam a covid-19. “Uma moradora foi internada com os sintomas da covid, foi entubada e no dia em que tiraram os tubos fizeram uma live do hospital pra ela falar com a família. No dia seguinte ela morreu. Aí a causa foi indeterminada. Como se ela foi entubada, desentubada e morreu? Entubou por quê?”, comentou, defendendo um estudo sério para avaliar a incidência da contaminação nas comunidades.

A proposta da equipe da Uerj é, depois de ter os dados das coletas analisados, avaliar a necessidade de implementação de novas medidas para reduzir os riscos de propagação, como maior ventilação, maior assepsia, uso de proteção mais eficiente e controle do número máximo de pessoas.

Segundo o professor Evangelista, quando uma pessoa espirra, o vírus rapidamente interage com o material que está na atmosfera. São micropartículas de diversos tamanhos. As maiores ficam mais retidas nas vias aéreas superiores e as menores podem chegar até a área dos pulmões diretamente. De acordo com ele, a quantidade de micro-organismos pode variar, conforme as condições ambientais, como umidade, poluição e incidência de luz solar.

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Acidente em rodovia causa morte e deixa feridos em estado grave entre Orlândia e Sales Oliveira

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Um acidente entre uma carreta, um caminhão e um ônibus na noite desta quinta-feira (30) causou a morte de um homem de 29 anos e deixou feridos em estado grave na Rodovia Altino Arantes (SP-351), entre Orlândia (SP) e Sales Oliveira (SP). É o segundo acidente com óbito registrado no dia na região.

Segundo o boletim de ocorrência, uma testemunha informou que a batida ocorreu depois que uma carreta invadiu a pista contrária e atingiu um ônibus e um caminhão.

Um passageiro do ônibus morreu na hora. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima foi identificada como Danilo Melo de Souza, 29 anos.

Outras quatro pessoas que também estavam no ônibus, duas delas em estado grave, foram encaminhadas a hospitais em Sales Oliveira e em Orlândia, mas não havia informações sobre o estado de saúde delas até a última atualização desta notícia. Os feridos no acidente são:

  • Deusdedit de Paula Castro, motorista, 60 anos
  • Tatiane Hass, 40 anos
  • Ivan Alexandre Pironti, 43 anos
  • Bianca Maria Carvalho de Sousa, 24 anos

O caso foi registrado na Polícia Civil como homicídio culposo e lesão corporal culposa, ou seja, cometidos sem intenção, na direção de veículo.

Motorista da carreta que atingiu os outros veículos, segundo o boletim de ocorrência, Lucas Antonio Maximo, de 40 anos, foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo.

Em nota, a Viação MM Souza Turismo, responsável pelo ônibus, lamentou o ocorrido, informou que presta suporte aos envolvidos e que conta com um sistema avançado de monitoramento de seus veículos, com câmeras e sensores, que deve auxiliar nas investigações.

Acidente com morte

Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária, a colisão aconteceu na Rodovia Altino Arantes (SP-351), na altura do km 086, por volta das 17h30, em um trecho de pista simples.

motorista da carreta invadiu a pista contrária e bateu na lateral do ônibus e de um caminhão que seguia atrás. Ainda não se sabe o que causou a invasão.

Imagens que circulam nas redes mostram uma carreta azul carregada com peças automotivas e um caminhão vermelho, que levava outras mercadorias, destruídos.

O ônibus, com ao menos seis passageiros que seguiam para Nuporanga (SP) e Orlândia, segundo a empresa responsável, teve a lateral esquerda amassada na batida depois de ser prensado contra uma defensa metálica. Alguns dos ocupantes do coletivo ficaram presos nas ferragens.

Segundo a PM Rodoviária, o trevo para a Rodovia Anhanguera (SP-330) em direção a Sales Oliveira foi fechado. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestaram socorro às vítimas.

 

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Motorista morre e passageiros ficam feridos em acidente com ônibus de excursão na Anhanguera

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Um acidente com um ônibus de excursão que levava 64 passageiros terminou com a morte do motorista e deixou passageiros feridos, um deles em estado grave, na Rodovia Anhanguera (SP-330) na madrugada desta quinta-feira (30) na região de Ribeirão Preto (SP).

As causas ainda devem ser apuradas pela Polícia Civil, que registrou um boletim de ocorrência por homicídio culposo e lesão corporal culposa, ou seja, cometidos sem intenção de matar.

O veículo fretado havia saído de Suzano (SP), na Região Metropolitana de São Paulo, no final da tarde de quarta-feira (29), por volta das 18h45, e estava previsto para chegar a um hotel em Caldas Novas (GO) às 8h desta quinta-feira.

Por volta das 2h45, o ônibus tombou no acostamento da Rodovia Anhanguera na altura do quilômetro 301, entre os municípios de Cravinhos (SP) e Ribeirão Preto, após perder o controle e atingir uma defensa metálica. A cabine ficou destruída.

O motorista, identificado como Emerson Fortunato da Silva, de 48 anos, natural de Pará de Minas (MG) e morador da Baixada Santista, teve a morte confirmada no local.

Ao menos mais quatro pessoas ficaram feridas. O dono de uma agência de turismo, identificado como Jackson Elias do Carmo, de 37 anos, foi socorrido em estado grave e levado para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Três passageiros tiveram ferimentos leves e também foram hospitalizados na região.

Arteris ViaPaulista informou inicialmente que o acidente ocorreu após uma colisão traseira do ônibus com outro veículo não encontrado no local. Ouvido pela reportagem no local, um motorista reserva, que dormia na hora do acidente, disse ter visto um caminhão ser atingido pelo ônibus.

Já a Transminas, empresa responsável pelo ônibus da excursão, comunicou que o motorista teve um mal súbito antes de tombar e que toda a documentação dele e do veículo, contratado por uma agência de turismo de Suzano, estavam em dia.

Até a última atualização desta notícia, equipes de resgate ainda estavam no local para remoção do ônibus. Uma alça de acesso para a rodovia, no sentido capital-interior, foi bloqueada, mas o tráfego flui normalmente na pista.

A perícia esteve no local e apreendeu o tacógrafo do ônibus para apuração das causas do acidente. O veículo também ficará recolhido em uma garagem em Ribeirão Preto para mais análises.

A Polícia Civil também solicitou exames necroscópico e toxicológico para confirmar o que provocou a morte do motorista.

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Carro bate contra defensa metálica na Rondon, em Bauru

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Um carro saiu da via e ficou destruído ao bater contra a defensa metálica, por volta das 7h20 desta sexta-feira (31), no quilômetro 342 da rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Bauru, perto do posto Graal. A colisão não feriu a motorista nem parou o trânsito porque o carro caiu ao lado da pista.

De acordo com a Polícia Rodoviária, a condutora, uma mulher de 31 anos, seguia no sentido Capital-Interior quando, por motivos desconhecidos, perdeu o controle e seu carro chocou-se contra a defensa metálica.

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