Diante do novo episódio, foi apresentado na Câmara Municipal durante a sessão realizada segunda-feira passada (22) o Requerimento nº 190/2025, que cobra a tomada de medidas urgentes pela Prefeitura de Adamantina.
“Compete ao Poder Público zelar pelas condições adequadas de funcionamento do Cemitério, garantindo segurança, respeito às famílias e preservação da saúde coletiva. O necrochorume é um líquido resultante do processo de decomposição de corpos humanos, de aspecto viscoso e odor forte, que apresenta elevada carga poluidora e representa riscos ao meio ambiente e à saúde pública. E em contato com o solo pode infiltrar-se e atingir o lençol freático, comprometendo a qualidade da água subterrânea, além de oferecer condições favoráveis à proliferação de agentes transmissores de doenças”, consideram Aguinaldo Galvão e Daniel Fabri, autores do documento.
O sistema vertical de sepultamento em gavetas foi implantado em outubro de 2019 pela Administração Márcio cardim, já que não havia mais espaço para abertura de novos túmulos convencionais (subterrâneos). O que, desde então, tem a desaprovação da população.
“Já foram registradas denúncias anteriores da mesma natureza, e a reincidência do problema indica falhas na estrutura, na manutenção ou no monitoramento das instalações”, lembram os vereadores, que questionam quanto à realização de avaliação técnica sobre a origem e extensão do vazamento de necrochorume, as providências adotadas para conter os riscos ambientais e à saúde pública e o plano de manutenção ou adequação estrutural do módulo vertical de sepultamento para evitar a reincidência do problema, entre outros tópicos.
Após a publicação da matéria na imprensa, a Prefeitura enviou uma Nota esclarecendo que na manhã desta segunda-feira (15) foi realizada vistoria no local, com acompanhamento do engenheiro ambiental, para apurar a situação relatada. Na avaliação preliminar, foi constatada falha na vedação das gavetas. A empresa responsável pela construção do cemitério vertical já foi acionada e deverá comparecer ao local no prazo máximo de 48 horas para executar os reparos necessários e sanar o problema.”
Após ser aprovado no plenário do Poder Legislativo, o Requerimento foi enviado ao Executivo para fornecer dentro do prazo legal os esclarecimentos solicitados.
Por Folha Regional Adamantina
.