
O fato de Lucélia ser fundada em 1944, distante a menos de 8 quilômetros, paralisou o progresso do povoado, suscitando fortes dúvidas quanto ao desenvolvimento do Patrimônio Adamantina, tendo como limite um município recém-criado.
Ídolo Guastaldi, Topógrafo, narrou em seu diário que em 24 de outubro de 1945, “Adamantina possuía 135 casas construídas de tijolos ou de tábuas”.
Com base nessas informações é possível notar que até o início da década de 1940, o Patrimônio ainda tinha um nível de incertezas quanto a viabilidade dos projetos de urbanização e ruralização propostos pela CAIC e CICMA.
A visita da Diretoria da Companhia Paulista de Estrada de Ferro em 1945, confirmando trazer os trilhos da ferrovia até Adamantina, foi um grande incentivo de acreditar na evolução da localidade.
Outra ocorrência positiva é que em 1946 surge um novo surto cafeeiro no estado de São Paulo, voltando a estimular o desenvolvimento do Patrimônio, principalmente na cultura do café.
Durante o ano de 1947, várias Caravanas de cidadãos adamantinenses seguiam para a Capital, levando informações, documentos e fotos à Assembleia Legislativa do Estado De São Paulo, demonstrando que Adamantina já possuía estrutura para se tornar Município.
O que também contribuiu muito para a consolidação do progresso de Adamantina é que os pioneiros que aqui chegaram, vieram para trabalhar e produzir, seja na agricultura ou no comércio.
Muitos vieram sós, posteriormente trazendo suas famílias, outros passaram a residir com seus familiares em casebres improvisados.
E assim, vencendo as incertezas de uma determinada época, é consolidado o município de Adamantina, a “Joia da Nova Alta Paulista”.
Por João Carlos Rodrigues
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