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ARTIGO: Atualizações, recortes, números e perguntas

Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento (Mtb 35.079/SP.)

Entre os dias 13 e 20 de maio de 2023, publicamos o artigo Eleições 2024, onde fizemos uma pequena retrospectiva das últimas disputas eleitorais para prefeito ocorridas em Adamantina. No texto, dissemos ainda que, naquele momento, eram cogitados como pré-candidatos ao cargo majoritário nas eleições deste ano os nomes de Alcio Ikeda, Gustavo Taniguchi, João Carlos Contiero e Luizinho Bil. O primeiro representava a oposição, o segundo a situação e os outros dois figuravam como franco-atiradores.

Com o passar dos meses, as pré-candidaturas de Ikeda e Taniguchi ganharam corpo e as de Contiero e Bil acabaram “derretendo”. Em seguida, dois novos nomes assumiram o lugar da dupla na corrida eleitoral: Jorge Almeida e José Carlos Tiveron. Vieram as primeiras pesquisas internas dos partidos e o quadro fol alterado mais uma vez, com Taniguchi sendo substituído por Daniel Robles. Feita a atualização das pré-candidaturas, vamos aos recortes que extraímos das últimas seis eleições na cidade.

Sempre que um prefeito foi candidato a reeleição em Adamantina, ele só teve um adversário na disputa. Isso ocorreu em 2000, 2008 e 2020. Com o alcaide no segundo mandato, o número de candidatos dobra. Tivemos quatro candidatos em 2004 e 2012, e poderemos ter quatro em 2024. Nunca um prefeito reeleito conseguiu fazer o sucessor. Porém, paradigmas existem para serem quebrados. Feitos os recortes, vamos aos números apresentados pelas urnas entre 2000 e 2020. Eles dizem muitas coisas.

Em 2000, 19.917 eleitores votaram na Cidade Joia, e a apuração dos votos ficou assim: 18.185 votos válidos (91,30%), 979 votos nulos (4,92%) e 753 votos em branco (3,78%). Nessa eleição tivemos uma abstenção de 4.658 eleitores, ou seja, 18,95% do eleitorado não compareceu às urnas para votar. Na eleição de 2004, 20.967 eleitores votaram em Adamantina, cujo resultado foi: 19.766 votos válidos (94,27%), 691 votos nulos (3,30%) e 510 votos em branco (2,43%). Nessa eleição, 4.882 pessoas não foram votar, o que deu uma abstenção de 18,89% do eleitorado.

No pleito de 2008, 21.252 pessoas foram às urnas e o resultado foi o seguinte: 18.293 votos válidos (86,08%), 1.508 votos nulos (7,10%) e 1.451 votos em branco (6,82%). Nessa eleição a abstenção foi de 5.336 eleitores (20,07%). Em 2012, 21.667 eleitores foram às urnas e o resultado foi esse: 20.253 votos válidos (93,47%), 641 votos nulos (2,96%) e 773 votos em branco (3,5796). Por fim, 5.772 eleitores não foram votar, portanto uma abstenção de 21,04% do eleitorado apto a votar.

Na eleição de 2016, 20.953 eleitores votaram em Adamantina e o resultado foi o seguinte: 18.695 votos válidos (89,22%), 1.224 votos nulos (5,84%) e 1.034 votos em branco (4,93%). Nesse ano, tivemos a abstenção de 6.795 eleitores, ou seja, de 24,49% do eleitorado. Em 2020, foram depositados nas urnas 18.725 votos, assim distribuídos: 15.230 votos válidos (81,34%), 1.862 votos nulos (9,94%) e 1.633 votos em branco (8,72%). A abstenção, agravada pela pandemia de COVID-19, foi de 8.947 eleitores, ou seja, de 32,33% do eleitorado. Apresentados os números, vamos às perguntas.

Na eleição deste ano, os votos brancos e nulos poderão aumentar na Cidade Joia? E as abstenções (neste caso, por conta da pandemia de COVID-19, não podemos usar como parâmetro a eleição de 2020) continuarão crescendo? Sendo os pré-candidatos de partidos e de grupos “simpáticos” aos espectros políticos de direita e de extrema direita, como será o voto dos eleitores da esquerda? Mesmo atacados diariamente por fascistas locais nas redes sociais, eles votarão em algum dos quatro pré-candidatos? Sempre lembrando que no segundo turno da eleição de 2022, Lula recebeu 5.122 votos em Adamantina, o que representou 25,53% dos votos válidos daquele pleito.

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