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ARTIGO: A foto, o filósofo, a “cristã” e o genocídio

Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento
(Mtb 35.079/SP.)

“Ninguém vai encontrar, em momento algum da história, outra foto como essa, com três figuras rindo em meio à matança de crianças e mulheres. Não existe foto semelhante na Segunda Guerra Mundial, nem mesmo de Hitler e seus oficiais. Não há uma foto assim em que apareçam Putin, Zelensky, e qualquer líder americano ou europeu, rindo em meio à guerra da Ucrânia. Essa foto dos três (Ronaldo Caiado, Netanyahu e Tarcísio de Freitas) que sorriem durante um genocídio é inédita como imoralidade, como crueldade e como degradação do ser humano”. (Moisés Mendes, em publicação nas redes sociais).

Realmente a foto que ilustra este texto é digna de repúdio, e nos leva a refletir sobre a que ponto chegou a humanidade. É triste saber que milhares de “cristãos” aplaudiram o encontro e o riso mórbido dos três personagens, como se fosse um fato positivo, quando na verdade a imagem demonstra o lado mais sombrio do ser humano. Isso reflete a falta de conhecimento e o fanatismo imposto por alguns “lideres” religiosos aos seus “rebanhos” nos últimos anos. O genocídio praticado pelos israelenses na Palestina já ceifou a vida de milhares de idosos, de mulheres e de crianças famintas.

“Se eu entender a esquerda como sendo uma adesão a ideias que são progressistas, que trabalham com a noção da pluralidade e diversidade na convivência, que a tarefa do poder público são políticas sociais inclusivas e não restritivas, e que a função do Estado é promover o bem-estar comum e não apenas a disputa individual, em que a proteção a individualidade não é a exaltação do individualismo egoísta, sim eu me colocaria como alguém de esquerda”. (Mario Sergio Cortella, filósofo e escritor, no início de entrevista veiculada nas redes sociais).

Em seguida, Cortella explica, de forma didática, que os termos “esquerda” e “direita” surgiram durante a Revolução Francesa. Resumindo. Na esquerda estão incluídos progressistas, sociais-liberais, ambientalistas, socialdemocratas, libertários socialistas, socialistas, comunistas e anarquistas. Na direita estão incluídos neoliberais, liberalismo econômico, reacionários, neoconservadores, monarquistas, teocratas (inclusive parte dos governos islâmicos), nacionalistas, fascistas e nazistas. As diferenças entre os dois espectros políticos dizem muitas coisas, ou ao menos deveriam dizer.

Diante disso, fica evidente que usar argumentos rasos em torno de assunto tão sério não seria muito recomendado. Entretanto, na Nova Alta Paulista, frases ofensivas a esquerda se tornaram recorrentes nas redes sociais. Vejamos o que uma “cristã” escreveu sobre uma pré-candidatura no faceboock: “Fulano de tal só foi para o partido do meu governador para tirar proveito da situação”. “Ele não passa confiança, parece ser de esquerda”. Comentários desse tipo só servem para aumentar a cisão criada entre os brasileiros pelo ex-presidente “imbrochável” (que está cada vez mais próximo da prisão). Quanto ao governador “dela”, a foto em Israel diz muitas coisas.

Reflexão para o período pascal. Gostaria de lembrar os “cristãos” que há 2 mil anos aconteceu um genocídio de criancinhas que entrou para a história da humanidade. Rei Herodes, o Grande, ao saber que Jesus Cristo estava chegando, com medo de perder o poder, ordenou que todos os bebês com menos de dois anos fossem mortos. Cabe dizer ainda, que se fosse hoje, Cristo não escaparia da morte precoce, pois os seus pais, Maria e José, não conseguiriam fugir com Ele para o Egito, uma vez que todos os caminhos para sair da Palestina foram fechados pelo genocida Netanyahu. Em tempo. O termo genocídio, que Lula usou ao se referir ao extermínio praticado por Israel contra o povo palestino, no início desta semana foi considerado legitimo pela ONU.           

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