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Idosos de Adamantina recém mudados ao Rio Grande do Sul são encontrados mortos no quintal de casa


A morte do casal Virginio Fernandes de Carvalho, de 86 anos, e Genaide da Silva Carvalho de 83, que até cerca de um mês atrás eram moradores de Adamantina, chocou a comunidade local.

Na noite de quarta-feira (26) eles foram encontrados sem vida no quintal da casa onde passaram a morar com um dos filhos, em Canoas, cidade com cerca de 350 mil habitantes localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Em Adamantina o casal morava nas proximidades do Estádio Municipal. Virginio era aposentado e trabalhou como funcionário público municipal, na função de pintor. A notícia da morte, na cidade, foi repercutida pelo grupo “Somos nós de Adamantina”, no Facebook.

O caso

De acordo com a  Agência GBC de notícias, a ocorrência foi registrada na quarta-feira quando o filho das vítimas acionou a Brigada Militar pelo telefone 190, e uma equipe foi designada para o local. O morador ligou à Brigada após chegar em casa e encontrar os corpos dos pais no quintal do imóvel. Ele disse que saiu pela manhã para trabalhar e os dois ficaram dormindo. No final do dia, ao retornar, encontrou os pais sem vida.

O Samu também foi acionado e enviou uma equipe ao endereço da ocorrência, porém não atestou a morte natural das vítimas.

O QUE DIZ O DELEGADO DO CASO

A morte suspeita do casal de idosos foi registrada também pela Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas.

Na manhã desta sexta-feira (28), por telefone, a reportagem conversou com o titular da DHPP, o delegado Roberto Peternelli Neto. Ele destacou que a unidade policial está empenhada no esclarecimento do caso e disse que os corpos dos idosos foram encontrados sem marcas de violência e o imóvel sem sinais de violação. Esse cenário, segundo o delegado, não revela vestígios de um eventual latrocínio, por exemplo, que é o roubo seguido de morte.

Conforme o delegado, os dois corpos foram encontrados no quintal do imóvel. A perícia também não soube apontar, visualmente, as possíveis causas da morte, o que vai depender da do laudo final a ser produzido pelos peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul.

Descarga elétrica durante temporal é apontada como possível causa

Ele lembra que no dia dos fatos um forte temporal atingiu a cidade de Canoas, situação que pode ter relação com a morte do casal, e é uma das hipóteses investigadas. Conforme o delegado, um exame visual pôde identificar uma lesão na altura do joelho da idosa, projetada para fora da pele, o que seria semelhante a marcas de dissipação de uma possível descarga elétrica. “A marca aparenta queimadura”, diz. Porém, como ressalta o delegado, as informações conclusivas dependem do laudo do IGP.

O laudo com as informações que podem apontar as causas da morte do casal deve ficar concluído entre 30 a 60 dias, quando será possível ao DHPP encerrar as investigações. Além do laudo, a Polícia Civil também deve considerar o depoimento do filho, eventuais testemunhas e as condições do imóvel.

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