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REVIVER ADAMANTINA: LUTA PELA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE ADAMANTINA

Adamantina lutava para estabelecer sua emancipação política e judiciária, pois não era nem distrito de paz do município de Lucélia.

As dificuldades resultantes dessa dependência provocavam conflitos entre as lideranças políticas da cidade de Lucélia e do novo povoado. Ambos tinham ambições de se transformarem em pólos regionais. A liderança política de Lucélia contava, na época, com o grande prestígio e influência de seu fundador, Luiz Ferraz de Mesquita, junto ao Governo do Estado, o seu concunhado, Adhemar Pereira de Barros, tornando-se assim mais difícil ainda as pretensões do povoado de Adamantina. A liderança política do patrimônio de Adamantina contava com o apoio da CPEF (Companhia Paulista de Estradas de Ferro), que o havia projetado como núcleo urbano numa estação ponta de linha.

O núcleo urbano que se tornasse “ponta de linha” oferecia, quase sempre, maiores possibilidades de crescimento socioeconômico em relação aos demais, posto que ficava sendo o centro polarizador da circulação de riquezas da região.

O prefeito da cidade de Lucélia, Luiz Ferraz de Mesquita, tentou impedir que Adamantina se tornasse um patrimônio ponta de linha para que os seus planos de elevar Lucélia à hegemonia regional não se frustrassem. Sabendo que a estrada de ferro passaria por Lucélia e chegaria a Adamantina, o prefeito daquela cidade construiu uma casa na demarcação feita pela CPEF, onde a estrada de ferro deveria passar, somente para impedir que Adamantina se tornasse uma cidade ponta de linha.

Essa pendência durou três anos na justiça, até que a CPEF ameaçou desviar a rota e passar a ferrovia seis quilômetros a norte de Lucélia, para que se atingisse o patrimônio de Adamantina. Muitos moradores chegaram a dizer que, se acontecesse o desvio, seria o fim da cidade de Lucélia. Então a CPEF e Lucélia fizeram um acordo: a ferrovia passaria por Lucélia, mas Adamantina seria o patrimônio ponta de linha.

Enquanto a estrada de ferro não chegava ao patrimônio, as lideranças políticas travavam forte luta pela emancipação política de Adamantina, que possuía todas as condições para se tornar um município. As forças políticas da cidade de Lucélia, então, procuravam tardar esse feito, que foi realizado com a Lei Estadual nº 233, de 24 de dezembro de 1948, que criou o município de Adamantina e o seu desmembramento do município de Lucélia. Deputados que apoiaram a Emancipação.

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